quarta-feira, 30 de novembro de 2016

O Líder e sua Capacidade (ou não) de Escutar...


Trabalho com desenvolvimento de líderes há mais de uma década. Líderes de todos os níveis organizacionais, de diferentes países, diferentes áreas e com experiências distintas. São eles que movem as pessoas a atingirem resultados, a buscarem o extraordinário, a se motivarem e seguirem crescendo e acreditando nas organizações para quais trabalham.

Entretanto, eu não vejo formas de que isso aconteça sem uma habilidade fundamental da liderança: ESCUTAR. Parar para realmente escutar o que o outro está dizendo, observar a outra pessoa através da sua capacidade de comunicação verbal e não verbal, olhar além dos olhos e perceber sentimentos e necessidades.

Ao mesmo tempo, cada vez aumenta mais o número de liderados que me dizem: “meu líder não me escuta”, “não tenho espaço para uma conversa franca”, “sou interrompido todas as vezes que estou falando com ele”.

Meu questionamento hoje é: o que está acontecendo com nossos líderes, ou melhor, com nossas organizações? Por que temos tanta dificuldade em parar um minuto de mexer no nosso computador ou celular e dedicar um tempo a realmente prestar atenção no outro?

Tenho algumas suposições que tenho testado e que, ao meu ver, têm se concretizado como verdadeiras:

1 – A pressão por resultados é tão grande, especialmente em momentos de crise, que os líderes sentem-se “perdendo tempo” escutando o outro, já que imaginam ter a resposta para tudo (ou então, já receberam a resposta de cima, também de seus líderes que não o escutou).

2 – Não estamos preparando adequadamente nossos líderes para lidarem com o outro – dar atenção, escutar, falar de sentimentos e de necessidades (Ouso dizer que a Comunicação Não Violenta deveria estar no currículo de desenvolvimento de qualquer líder).

3 – A tecnologia nos tira a atenção. O líder até se esforça no início da conversa para prestar atenção, mas chega o WhatsApp, o email, a ligação... e o foco se perde no mesmo instante.

4 – Não queremos escutar! Sim, muitas vezes estamos tão fechados na nossa ideia, nas nossas concepções e nos nossos modelos, que escutar o outro dá trabalho... Teremos que refletir, argumentar e eventualmente mudar de opinião... E o líder sempre aprendeu que tem razão... como poderia mudar de opinião?!

Li uma frase um dia desses, que me chamou muito a atenção
“Ouvir é ser capaz de ser alterado pela outra pessoa” – Alan Alda.

Parei para pensar um pouco no que essa frase tão curta e tão profunda poderia ensinar aos líderes. Penso que as escolas e cursos de liderança estão longe de ensinar o conceito do ESCUTAR... falamos de técnicas, do que fazer e não fazer... mas não falamos do que está por trás disso... dos verdadeiros benefícios em escutar, das dificuldades que vão enfrentar, dos paradigmas que precisam quebrar...

De nada adianta ensinar a técnica sem falar do conceito... sem falar do ganho... da importância. E da necessidade de estar aberto a mudar... mudar sua opinião, seu comportamento... Sair da posição de “eu sei tudo sobre isso” para “fale mais sobre isso”.


Acredito que está na hora de rever o processo de preparação e desenvolvimento dos nossos líderes ao passo que as organizações também devem se preocupar de maneira equilibrada com as pessoas e seus sentimentos e com os resultados a serem atingidos. Entenderem de uma vez por todas que estão totalmente relacionadas. Quanto mais escutado e respeito for o liderado, mais comprometido com os resultados... parece uma frase feita, mas não está fácil tirá-la do papel e vê-la vivenciada no dia a dia...

Você já parou para escutar alguém hoje?

terça-feira, 7 de junho de 2016

Conversa entre Camelos...




Quero convidar você a ler esse texto. É antigo e talvez em algum momento você já o tenha lido. Mas leia novamente se esse é o caso...

“Uma mãe e um bebê camelos estavam por ali, à toa, quando de repente o bebê camelo perguntou:
- Mãe, mãe, posso te perguntar umas coisas?
- Claro! O que está incomodando o meu filhote?
- Por que os camelos têm corcovas?
- Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das corcovas para reservar água e por isso mesmo somos conhecidos por sobreviver sem água.
- Certo. E por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas?
- Filho, certamente elas são assim para permitir caminhar no deserto. Sabe, com essas pernas eu posso me movimentar melhor pelo deserto, melhor do que qualquer um! – disse a mãe toda orgulhosa.
- Certo! Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham a minha visão.
- Meu filho! Esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto! – respondeu a mãe com orgulho nos olhos.
- Tá. Então a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as pernas para caminhar através do deserto e os cílios são para proteger meus olhos do deserto. Então o que é que nós estamos fazendo aqui no zoológico?”

Pois é... Muito provavelmente ao longo sua vida você recebeu muitos feedbacks sobre as suas habilidades, conhecimentos, capacidades... E também imagino que por muitas vezes, você se perguntou se estava no lugar certo, se estava utilizando toda essa sua capacidade. E provavelmente a resposta foi “não”.

Estamos passando por um cenário muito desafiador no mercado de trabalho. Por várias vezes, vejo histórias de pessoas que estão aceitando empregos totalmente diferentes da sua área de atuação porque realmente precisam trabalhar. Não está nada errado nisso. Mas eu realmente quero te fazer um convite, te desafiar a pensar de maneira um pouco mais profunda sobre seus conhecimentos e habilidades x sua carreira profissional. Você já se questionou se está no lugar certo? Já se perguntou se essa empresa para a qual você trabalha compartilha dos mesmos valores e objetivos que você?

Esqueça a crise por um minuto... esqueça que seu emprego dos sonhos não está na esquina. Mas pense seriamente: você sabe onde quer estar? Onde quer trabalhar? Você sabe quais são as suas competências, seus gap’s e o que está fazendo para encontrar algo que esteja alinhados com isso?


Vale a pena refletir. Sei que num momento de crise, muitas vezes os profissionais acabam aceitando “o que está disponível”. Mas o que realmente vai diferenciar o profissional mediano do profissional excelente é o seu autoconhecimento, sua capacidade de mapear o mercado, de identificar oportunidades e mais que tudo, de vender sua própria marca. Desafie-se! Avalie-se! Você só tem a ganhar! E o mercado também...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

10 Lições que Apenas Mulheres Fortes Conhecem...

Uau!! Faz tempo que não escrevo aqui... De um ano para cá parece que a vida ficou mais agitada e o tempo mais curto. As pressões do trabalho cada dia maiores e os desafios cada vez mais crescentes, considerando que o cenário econômico definitivamente não está favorável. Além disso, o meu papel de mãe (que por sinal é o meu preferido), também me toma muito tempo... Mas achei que era a hora de voltar. Estou precisando colocar para fora o que tenho vivido... quero continuar compartilhando minhas experiências, minhas angústias e reflexões... Não só do mundo corporativo, mas da vida. Afinal, esse espaço é para falar de Vida e Carreira.

Para começar, quero compartilhar um texto que encontrei na internet e que me identifiquei muito. Acho que nós mulheres, sempre temos desafios adicionais pela frente... Não é fácil exercer tantos papéis, dar conta de tudo, não deixar os pratos caírem! Mas lendo essas lições, realmente acho que vale a pena. Espero que se identifiquem!



10 Lições que Apenas Mulheres Fortes Conhecem...
Escrito por Rachel Wolfson
1) Amar e perder
Uma mulher forte conhece a sensação de crescer próximo a alguém e então perder esta pessoa. No começo é devastador. “Como vou conseguir viver sem esta companhia?”, nos perguntamos. Mas, achamos um caminho de seguir em frente. Entendemos que a vida segue, mesmo que um amor ou um amigo não faça mais parte dela. Aprendemos como deixar as pessoas irem.
2) Arriscar
Uma mulher forte não tem medo de fazer o que ela acha ser melhor naquele momento. Não nos preocupamos demais com o longo prazo porque assumimos riscos e, no fim, sabemos que valeu a pena porque tudo saíra mais ou menos como planejado.
3) Levantar sozinha depois de cair
Uma mulher forte não tem medo do fracasso porque já passou por isso e sabe que, mesmo o que exige esforço e tempo, pode não dar certo. Mas, ainda assim, nós nos levantamos e começamos tudo outra vez. Quando perdemos um trabalho, um amor e uma oportunidade incrível, aceitamos a derrota e nos reinventamos.
4) Deixa a barra da saia dos pais
Uma mulher forte sabe o que é deixar o conforto da casa dos pais e se despedir deles a caminho do aeroporto sem data para voltar. Sabemos o que cuidar de nós mesmas e, por isso, entendemos e valorizamos demais a família.
5) Sai da zona de conforto
Uma mulher forte é capaz de entrar em uma sala lotada de desconhecidos e andar como se estivesse em casa. Nós nos jogamos em um novo trabalho, novo país, nova relação, nova cidade, novos amigos, novas experiências e tiramos o melhor disto tudo.
6) Lida com a solidão
Uma mulher forte sabe que as pessoas vão e vem, por isso aproveita a felicidade de estar rodeada de pessoas, mas também consegue lidar com os momentos em que se pega sozinha. Sabemos que, apesar de triste, a solidão é passageira.
7) Vive momentos extremos
Uma mulher forte já viveu no limite, como uma guerra, por exemplo. Conhece o som e o perigo das sirenes, das pessoas correndo na rua, do barulho de tiros e reconhece nos olhos de mãe e crianças que eles estão em perigo. Tudo isto nos faz mais fortes e nos ajuda e valorizar a vida.
8) Supera os medos
Mulheres forte têm medo, como qualquer outra pessoa, mas sabem que isso é irracional e que é preciso superar. Entramos num avião sem querer, mudamos de país sem empolgação pensando no crescimento que isso nos trará, visitamos alguém amado no hospital mesmo sem saber o que nos espera.
9) Estimula seu corpo
Uma muher forte conhece muito bem o próprio corpo e trabalha para deixá-lo mais forte. Nós respiramos, nos alongamos, nos alimentamos bem porque sabemos que saúde significa vida longa.
10) Sonha alto
Uma mulher forte sempre tem grandes sonhos. Nós estamos sempre querendo fazer alguma coisa e que seja o mais bem feito possível. Não dissemos para nós mesmas “não é possível”, simplesmente acreditamos e lutamos pelos objetivos.

Abraços!

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A Importância de Procurar Emprego da Maneira Correta...

Hoje trago um tema para o blog que pode até parecer um pouco polêmico, mas que depois de muitos e muitos e-mails e contatos via Linkedin de pessoas encaminhando os seus curriculos, achei relevante comentar.


Quero falar da importância em saber procurar emprego... isso mesmo! 

Nesses mais de 15 ano atuando em Recursos Humanos, recebo currículos e solicitações de contatos de vários profissionais, de todas as áreas de atuação. Sei que quando estamos em busca de uma recolocação, o que mais fazemos é buscar networking e fortalecer nosso vínculo de relacionamento conectando-se com o maior número de pessoas. Mas isso pode acabar prejudicando sua imagem profissional.

Você deve estar se perguntando: como assim? Por exemplo... Recebi num dia desses o CV de uma pessoa que teve toda a sua experiência profissional em concessionárias, vendendo automóveis. No outro dia, uma professora de educação física também me enviou o seu CV. Também já recebi contatos de Corretor de Seguros, Caixa de Supermercado, etc.  Na empresa onde trabalho atualmente, não consigo empregar pessoas com essas qualificações e meu círculo de relacionamentos tampouco permite facilitar contatos nessas profissões.

Assim, a impressão que fica é que você está literalmente “atirando para todos os lados”. Por isso, quero deixar aqui algumas dicas de ações que acredito que funcionam quando você está no mercado de trabalho:

1 – Faça um currículo que demonstre claramente qual é a sua área de atuação e quais competências você tem. Se possível, dê exemplos de projetos/ atividades que você realizou ao longo de sua carreira.
2 – Selecione as empresas as quais tem “match” com o seu perfil, ou seja, empresas onde realmente você encontrará posições que necessitam das suas competências.
3 – Faça um filtro na sua rede de relacionamentos seleionando aquelas pessoas que estão ligadas a essas empresas de alguma forma, ou aquelas que você tem certeza que poderão te ajudar, seja facilitando um networking, abrindo espaço com profissionais do segmento, etc.
4 – Envie emails personalizados para cada pessoa. Eu por exemplo, já recebi e-mails onde o meu nome estava incorreto (e-mails replicados, sem qualquer edição), nome da empresa onde trabalho atualmente incorreto, e por aí vai. A pessoa que vai receber o -email, precisa sentir que você está realmente direcionando aquele texto a ela, e não simplesmente enviando uma “mala-direta”.
5 – Não mande e-mails diários/semanais com o mesmo conteúdo. Mandar o seu CV mais de uma vez não é garantia de que ele será lido. Pelo contrário, pode mostrar uma ansiedade desnecessária da sua parte com relação ao processo de recolocação.
6 – Procure participar de grupos (reais ou virtuais) específicos à sua profissão. Acompanhe as discussões, se posicione e mostre interesse genuíno pelos temas tratados.
7 – Não envie cartas de recomendação sem que tenham sido solicitadas. Anexar a carta de recomendação logo no primeiro contato, pode parecer que você precisa de alguém para “atestar” sua competência. Espere que o processo seletivo caminhe e, se solicitado, envie a carta.
8 – Ajude outras pessoas que estão no processo de recolocação. Muitas vezes uma determinada vaga pode não ser interessante para você, mas você pode lembrar de alguém com quem teve contato nesse processo de busca e informá-lo sobre a vaga. Lembre-se: referenciar uma pessoa é diferente de informá-lo sobre processos seletivos em aberto. Seja parceiro!
É como diz aquela frase: “Procurar trabalho, dá tabalho”, mas com certeza, canalizando a energia de maneira correta, o processo se torna muito mais fácil e proveitoso.


Espero que essas dicas favoreçam a sua recolocação. 

Boa Sorte!!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Executivas Precisam Valorizar suas Características Femininas

Achei muito interessante essa reportagem publicada no site Valor.com, sobre a necessidade das mulheres resgatarem e trazerem para o mercado de trabalho suas características femininas. Acredito muito nisso e a experiência no dia-a-dia corporativo tem trazido provas de que essa é uma necessidade latente. 

Vale a pena a leitura...


Escrita por Vicky Bloch*


Empresas são, em sua grande maioria, entidades masculinas. Afinal, foram historicamente comandadas por homens e os valores e comportamentos desejados para suas lideranças foram construídos com base nas suas características. As mulheres, que somente nas últimas décadas passaram a se destacar nas organizações, tiveram como herança e referência, obviamente, tais lideranças.

O problema é que, ao adaptar seus comportamentos aos modelos existentes para se estabelecerem no meio, as mulheres abriram mão de características importantes da sua natureza. A intuição e a sensibilidade foram substituídas por posturas mais duras e pragmáticas. Tiveram de escolher entre mostrar competência ou carisma, e foram orientadas a ser "menos femininas" no ambiente de trabalho.

Um artigo publicado no ano passado pela revista Harvard Business Review, escrito pelos professores de liderança Herminia Ibarra, Robin Ely e Deborah Kolb, traz essa referência de maneira muito consistente. Replico aqui um trecho desse artigo ("Mulheres em ascensão: barreiras invisíveis") que me chamou a atenção: "A maneira como as mulheres são percebidas - como se vestem, como falam, sua presença de executiva e seu estilo de liderança - tem sido o foco de muitos esforços para alçá-las aos altos cargos. Fonoaudiólogos, consultores de imagem e especialistas em 'branding' veem crescer a demanda por seus serviços.

A premissa é que as mulheres não foram socializadas para competir com sucesso no mundo dos homens. Então, devem aprender as habilidades e estilos que suas contrapartes masculinas adquirem naturalmente".

Acontece, porém, que o cenário para as empresas está se transformando e tais características femininas, antes pouco valorizadas, começam a se fazer fundamentais. Ser intuitivo já foi definido por especialistas como um dos principais eixos de comportamento e atitude do futuro. A visão periférica, tão presente nas mulheres, torna-se essencial para assimilar as tantas referências globais que hoje influenciam os negócios.

Ou seja, a nova sociedade clama para que as pessoas, em especial as mulheres, sigam sua natureza e desenvolvam seus próprios padrões de comportamento e de liderança, sem se preocupar em responder aos modelos arcaicos existentes.

Estamos diante de uma nova "sociedade da transparência", regada pela comunicação aberta, dominada pela internet e reinventada pelos smartphones. Quanto mais verdadeiro o indivíduo for consigo mesmo, maior a possibilidade de ser bem-sucedido. Vale lembrar que nossos interlocutores estão cada vez mais preparados para encontrar erros e inconsistências. Por isso, ser você mesmo é fundamental para quem está na vitrine 24 horas por dia, sete dias por semana.

Mas, como voltar a essa natureza depois de décadas de um comportamento que a escondia? Não é uma tarefa fácil, em especial porque é preciso que os outros reconheçam e incentivem os esforços femininos. Como definiram os professores Ibarra, Ely e Kolb, "integrar a liderança à identidade é particularmente difícil para as mulheres, que devem estabelecer a credibilidade em uma cultura profundamente conflitante sobre se, quando e como devem exercer a autoridade."

Acredito que um bom começo é o olhar para dentro, a interiorização e o autoconhecimento. Fazer coisas que te tragam novamente para o mundo da intuição. Olhar nos olhos dos outros, exercer atividades criativas e meditar. Vale também observar se as suas características relacionais, competências essas tão demandadas na atualidade, permanecem fortes nas suas atitudes.

Se você percebe um interesse genuíno pelo outro, mas sente que poderia estar se relacionando melhor com ele, pode ter encontrado um bom ponto de partida para buscar suas origens. Que tal perguntar à sua mãe ou à sua avó como você era lá atrás?

Elas podem ajudá-la a perceber se você está atuando em um papel que não é o seu.

Acredito que, se conseguirem resgatar suas características femininas no ambiente de trabalho, muito em breve as mulheres em posições de liderança não precisarão mais optar entre serem respeitadas ou serem queridas.

* Vicky Bloch é professora da FGV, do MBA de recursos humanos da FIA e fundadora da Vicky Bloch Associados

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

7 coisas para Pesquisar antes da Entrevista de Emprego

Compartilhando aqui uma reportagem bem interessante publicada no site da Revista Exame na última semana. 

Se você está prestes a participar de algum processo seletivo e quer se preparar melhor, vale a pena a leitura...

....

Por Adeline Daniele

Antes de ir para uma entrevista de emprego, é preciso saber o mínimo sobre a empresa que está recrutando.

Além de te colocar um passo a frente de outros candidatos que não pesquisaram sobre o assunto, você pode usar estas informações para se identificar com os valores e a missão da companhia. E esses detalhes não passam despercebidos pelos recrutadores.

Então, se você tem uma entrevista de emprego marcada para os próximos dias, dê uma olhada nestas dicas que a especialista em carreira e ambiente de trabalho do portal de empregos Glassdoor, Heather Huhman, listou com as sete coisas que você precisa pesquisar sobre um empregador.

1. As qualificações e experiências que a companhia valoriza

Saber o que uma empresa procura em um candidato é imprescindível para se dar bem em uma entrevista de emprego.

E é dessa forma que você poderá se destacar no processo seletivo e se encaixar nos requisitos da vaga.

Pesquise nas páginas de carreira da empresa – se ela tiver – e leia os detalhes da oportunidade publicada.

Se puder, fale com alguns funcionários que já trabalham na companhia para saber o que ela valoriza em um profissional.


2. As "peças-chave" da organização

Pesquise sobre os funcionários que ocupam cargos importantes na companhia, como gerentes, diretores, CEO, etc. Você tentar encontrar informações sobre eles na página da empresa.

Também dê uma olhada no que esses profissionais falam sobre a companhia pelo LinkedIn ou em outras redes sociais.


3. Notícias e eventos recentes sobre a empresa

Procure saber quais foram as últimas notícias que saíram na mídia sobre a companhia, bem como os eventos que ela promoveu.

Muitas empresas colocam estas informações em páginas dedicadas a releases de imprensa ou até mesmo criam sites para divulgar suas ações.


4. Visão, missão e valores

Um dos aspectos mais importantes analisados pelos especialistas em Recursos Humanos nos candidatos é o quanto eles se identificam com a visão, missão e valores da companhia.

Quanto mais alinhado aos valores da empresa, mais perfil um profissional tem para trabalhar nela.

Essas informações podem ser facilmente encontradas no site da companhia, na seção “Sobre”. Você também pode aprender sobre a cultura da companhia pelas redes sociais onde ela tem perfil.


5. Clientes, produtos e serviços

Não dá para tentar trabalhar em um lugar se você não tiver uma ideia dos produtos, serviços e clientes da empresa. Encontre essas informações no site ou no blog da companhia.


6. Informações "‘privilegiadas"

Heather Huhman também aconselha o profissional a buscar informações sobre a companhia em que está disputando uma vaga.

No portal Glassdoor, por exemplo, funcionários podem avaliar anonimamente suas empresas e falar sobre as vantagens que têm em trabalhar ali.

Como no Brasil ainda não existe um portal com tantas informações como o site norte-americano, os profissionais daqui podem dar uma olhada no que os atuais funcionários da companhia falam sobre ela nas redes sociais.

Quem conhece uma pessoa que já trabalhou no local também pode pedir referências sobre o ambiente de trabalho da empresa.


7. A pessoa que irá te entrevistar

Saber quem será seu entrevistador pode te dar uma vantagem na competição pela vaga.

Ter essa informação pode ajudar o candidato a se identificar mais com o recrutador, fazendo com que a conversa flua com mais facilidade.

Essa técnica também pode ajudar aqueles que ficam muito nervosos durante uma entrevista.

Muitas vezes, algumas pessoas podem ficar ansiosas e ter o desempenho prejudicado por saberem que serão entrevistadas por uma mulher ou homem, ou por alguém em um cargo alto na companhia.

Uma forma de procurar informações sobre o recrutador é pesquisando pelo nome informado no e-mail que ele enviou para marcar a entrevista.

Caso você não consiga encontrar o nome, entre em contato com a companhia e pergunte quem será o seu entrevistador.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Depois da Licença Maternidade...


Olá!!

Faz 7 meses que não passo por aqui... Foi uma parada totalmente planejada para assumir um novo (e talvez o mais importante) papel na minha vida: ser Mãe!! Foram meses maravilhosos... mas é hora de voltar, o que também é bom, mas não necessariamente é fácil. 

Retomar a vida profissional após 7 meses em casa curtindo a licença-maternidade é um grande desafio. Durante todo esse tempo, os principais assuntos aos quais você tem acesso são mamadas, fraldas e noite mal dormidas. Seu grupo fica restrito às mamães que, assim como você, também estão curtindo seus pimpolhos e assim, suas preocupações e a rotina diária são totalmente diferentes daquela de quando você estava trabalhando.

Mas é bom voltar. Se por um lado o coração fica apertado porque você só quer ficar com o seu bebê o tempo todo, por outro é bom estar em contato novamente com o mundo corporativo... e perceber que, mesmo depois de 7 meses, os problemas se repetem, as pessoas continuam criando expectativas... enfim, nem sempre o cenário muda. J

Mas esse post é para compartilhar um pouquinho com as mamães que vão passar por isso em breve, como planejei o meu retorno. Sim, como tudo em minha vida, o meu retorno ao trabalho foi planejado e eu fiz tudo o que pude para minimizar o impacto e o sofrimento da minha filha, o meu e o da empresa (nessa ordem de importância... J).

Aqui vão algumas dicas que funcionaram para mim e que podem funcionar para você:

1. Durante os 3 primeiros meses eu fiquei totalmente dedicada à minha filha. TOTALMENTE. O único contato que tive com a empresa foram os amigos que vieram me visitar (e que eu adorei!). E ainda assim os assuntos organizacionais eram super limitados ou quase nem tocados. Foi maravilhoso ter a possibilidade de estar 100% dedicada à maternidade e curtir todas as mudanças que um bebê traz para a nossa vida.

2. Tenho uma babá comigo desde o início. Quando chegamos do hospital a babá já estava lá em casa. Claro que no começo não há muita coisa para ela fazer, até porque eu quis cuidar de tudo o que pude, assumi mesmo o título de "mãe coruja". Mas ter uma ajuda para cuidar da casa, da comida e de outros detalhes que fazem parte da rotina foi fundamental para a minha tranquilidade... e o grande ganho aqui foi o fato de que minha filha teve todo o tempo necessário para se adaptar com uma outra pessoa cuidando dela.

3. Após o 4º mês da minha bebê, intensifiquei a adaptação da bebê com a babá. Isso quer dizer que a babá assumiu o banho, os passeios, as trocas de fraldas e, por algumas vezes, eu saía de casa para resolver assuntos diversos deixando-a com a babá. No começo foi difícil (para ambas), mas foi super importante para que, no momento da minha volta ao trabalho, ela já estivesse 100% adaptada com a babá.... E eu confiante de que minha filha estaria em boas mãos na minha ausência.

4. Também após o 4º mês eu voltei a me conectar com as pessoas da empresa. Marquei almoços, cafés, fui até a empresa algumas vezes e fui procurando entender o momento da organização e o que encontraria quando voltasse lá. Também passei a ler os emails, as informações sobre a empresa na mídia e um pouco do cenário econômico... (Sim, eu me desliguei totalmente e não fiquei acompanhando a cotação do dólar, os planos do governo ou a situação da indústria mês a mês...) Essa conexão me ajudou muito a voltar já com alguns inputs importantes que facilitaram a minha re-integração.

5. Durante a primeira semana, agendei reuniões com pessoas-chave na organização, que puderam me dar um overview do que aconteceu durante o período que fiquei fora e principalmente, qual era o meu papel ali, o que as pessoas esperavam de mim.  Já na segunda semana me senti conectada novamente e pronta para assumir 100% das minhas responsabilidades.

6. O papel da família foi fundamental no meu retorno. Além de poder contar com o TOTAL apoio do meu marido, ainda tive minha mãe em casa na primeira semana, o que dá uma tranquilidade a mais. Ter pessoas da sua confiança ao seu lado, faz toda a diferença.
7. Eu continuo amamentando... Estou tentando gerenciar a agenda, de modo que, pela manhã e ao chegar em casa no fim do dia, possa amamentar a minha pequena, reforçando o nosso vínculo e nutrindo-a com todo o meu amor. Sim, é possível... mas também é importante se planejar para isso. 

Claro que os desafios continuam... conciliar agendas, driblar o trânsito, chegar em casa antes da sua bebê dormir e administrar as noites mal dormidas x longas jornadas de trabalho e reuniões, fazem parte da minha rotina. Mas seguindo esse plano, a ansiedade de separação foi minimizada e administrada da melhor forma.

Espero que as dicas funcionem para você... Se você também passou ou vai passar por isso em breve, compartilhe aqui os seus planos e suas dicas também!

Abraços!