A Revista Época dessa semana (23/11/2009 - página 80) traz uma reportagem chamada “No Topo. E de Saída”, que revela a intenção dos CEOS em mudarem de empresa nos próximos anos, através de uma pesquisa realizada pela Korn/Ferry.
A pesquisa mostra que aproximadamente dois terços dos executivos brasileiros querem mudar de emprego nos próximos 3 anos, seja para se tornar um empreendedor, seja para mudar de negócio ou virar membro de conselho de administração de outras empresas.
Considero esse dado um tanto preocupante... Estamos praticamente saindo de uma crise econômica que, apesar de ter afetado as empresas brasileiras em menor escala, trouxe reflexos importantes para a nossa sociedade e para as relações do emprego em geral.
Os próximos anos serão de dedicação para “retomar o curso” e tomamos conhecimento que os “pilotos” dessas empresas, querem “abandonar o vôo”.
Novamente, me pergunto: que líderes estamos construindo, preparando, desenvolvendo? Precisamos começar a olhar para essa realidade urgentemente...
Além disso, uma outra pergunta, que me preocupou ainda mais, foi feita a esses executivos:
“A área de Recursos Humanos está preparada para ajudar em suas prioridades nos próximos anos?”
E a resposta, na minha opinião, foi ainda mais alarmante. Apenas 13% desses executivos disseram que sim, a área de RH está muito bem preparada”. Para 87%, ela está razoavelmente ou não o suficiente preparada.
Cabe a nós, profissionais dessa área, fazermos uma auto-avaliação. Será que estamos “deixando a desejar” na entrega dos nossos trabalhos? Ou então, será que até entregamos, mas não estamos sabendo “vender” corretamente aquilo que sabemos fazer?
Qual é o problema?
Essa não é a primeira pesquisa que vejo nesse sentido e o resultado também não é diferente de tantas outras...
Mas, o que estamos fazendo com essa informação? Como estamos trabalhando para mudar essa realidade, para definitivamente fazermos parte do grupo de profissionais que são realmente apoiadores da mudança e da alavancagem de resultados dentro das organizações?
O que fica pra mim é que ainda há muito o que ser feito, a começar pela profissionalização de nossas equipes, um maior envolvimento com o negócio, criação e desenvolvimento de soluções adequadas para a realidade de cada organização.
Temos muito trabalho e precisamos nos preparar o mais rápido possível para uma situação que está bem ali na frente, esperando por essa transformação do RH.