segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O RH na opinião dos CEO's



A Revista Época dessa semana (23/11/2009 - página 80) traz uma reportagem chamada “No Topo. E de Saída”, que revela a intenção dos CEOS em mudarem de empresa nos próximos anos, através de uma pesquisa realizada pela Korn/Ferry.

A pesquisa mostra que aproximadamente dois terços dos executivos brasileiros querem mudar de emprego nos próximos 3 anos, seja para se tornar um empreendedor, seja para mudar de negócio ou virar membro de conselho de administração de outras empresas.

Considero esse dado um tanto preocupante... Estamos praticamente saindo de uma crise econômica que, apesar de ter afetado as empresas brasileiras em menor escala, trouxe reflexos importantes para a nossa sociedade e para as relações do emprego em geral.
Os próximos anos serão de dedicação para “retomar o curso” e tomamos conhecimento que os “pilotos” dessas empresas, querem “abandonar o vôo”.

Novamente, me pergunto: que líderes estamos construindo, preparando, desenvolvendo? Precisamos começar a olhar para essa realidade urgentemente...

Além disso, uma outra pergunta, que me preocupou ainda mais, foi feita a esses executivos:

“A área de Recursos Humanos está preparada para ajudar em suas prioridades nos próximos anos?”

E a resposta, na minha opinião, foi ainda mais alarmante. Apenas 13% desses executivos disseram que sim, a área de RH está muito bem preparada”. Para 87%, ela está razoavelmente ou não o suficiente preparada.

Cabe a nós, profissionais dessa área, fazermos uma auto-avaliação. Será que estamos “deixando a desejar” na entrega dos nossos trabalhos? Ou então, será que até entregamos, mas não estamos sabendo “vender” corretamente aquilo que sabemos fazer?

Qual é o problema?

Essa não é a primeira pesquisa que vejo nesse sentido e o resultado também não é diferente de tantas outras...

Mas, o que estamos fazendo com essa informação? Como estamos trabalhando para mudar essa realidade, para definitivamente fazermos parte do grupo de profissionais que são realmente apoiadores da mudança e da alavancagem de resultados dentro das organizações?

O que fica pra mim é que ainda há muito o que ser feito, a começar pela profissionalização de nossas equipes, um maior envolvimento com o negócio, criação e desenvolvimento de soluções adequadas para a realidade de cada organização.

Temos muito trabalho e precisamos nos preparar o mais rápido possível para uma situação que está bem ali na frente, esperando por essa transformação do RH.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Inspirar...

Hoje acordei com uma palavra fixa em minha mente: inspiração.

Fico pensando o que move uma pessoa a realizar, correr atrás, “fazer acontecer” todos os dias. Tantas vezes nos deparamos com situações que nos fazem desanimar, recuar, muitas vezes até desistir...

Mas quantas coisas boas acontecem na nossa vida, quantas oportunidades temos todos os dias de acordar e fazer a diferença...

E esse pensamento só reforçou a minha opinião de que não dá para separar o profissional do pessoal.

Nossas organizações (e nossos gestores) precisam entender que não existe uma fórmula mágica que faça com que o seu funcionário seja produtivo, trabalhe feliz e com qualidade se ele não está se sentindo bem consigo mesmo.

Mas parar perceber isso, é necessário olhar além da pessoa. É necessário um olhar mais humano, mais participativo. E de novo, chego à necessidade de termos gestores preparados, gente que goste de gente...

O fato é que quanto mais “único” é o ser humano em seus sentimentos, melhor será a sua vida profissional e pessoal. E não há quem saia perdendo dessa combinação explosiva de inspiração, produtividade e felicidade...

Até mais!


terça-feira, 17 de novembro de 2009

Os Desafios da Liderança

Ao longo da minha carreira na área de Recursos Humanos, sempre me deparo com perguntas e situações que me fazem pensar e repensar todos os dias qual é o meu papel dentro das organizações.

Deparo-me com gestores que têm uma infinita disposição para gerir as pessoas, que querem fazer a diferença, que compreendem o seu papel, mas que na maioria das vezes, não foram preparados para isso e nem sabem por onde começar...

Em outras situações, encontro-me com outros gestores que sequer assumem a gestão de pessoas em suas funções, porque “cuidar de gente” é função do RH.

E assim vamos construindo funcionários desmotivados, perdidos e insatisfeitos. Vamos deixando pra trás conquistas importantes dentro das organizações... e aqui falo muito mais do que gente... Falo sim de resultados, de sobrevivência, de sustentabilidade...

“Estudar e entender” a liderança e suas conexões dentro e fora das organizações tem sido o meu maior desafio e minha maior motivação. Perguntas como: “por que tal funcionário deixou essa empresa, se tinha tudo pra dar certo?” ou “por que esse gestor não consegue assumir o seu papel de líder?”

Dentre tantas outras, essas perguntas tem me feito pensar, ler, pesquisar e entender melhor esse universo complexo e imenso da gestão e dos relacionamentos.

E enquanto RH, o que eu posso fazer para contribuir, para fazer a diferença dentro de uma organização que precisa manter, crescer e melhorar continuamente através das pessoas?

E você, o que pensa a respeito?