Hoje fui
almoçar com 4 amigas com o objetivo inicial de comemorar o resultado de uma
semana de trabalho num projeto... Como sempre, almoçar com as amigas é muito
bom, porque relaxamos, rimos, contamos histórias... sem julgamentos, sem
comentários... somente pelo prazer de ouvir e de compartilhar!
Acontece
que num determinado momento da conversa, começamos a falar das coisas que
fizeram parte do nosso passado... Falamos de internet discada (sim, tentamos
imitar aquele barulho que fazia enquanto você tentava conectar...rsrsrs), das
tele-mensagens, da máquina de datilografia, da máquina fotográfica com filme de
36 poses, do curso de computação onde se aprendia DOS, da ficha telefônica, entre
outros “dinossauros”...
Uma das
amigas tem menos de 20 anos e óbvio que ficou perdida no meio de várias coisas
que falávamos...
Num
determinado momento da conversa, me peguei pensando... não faz tanto tempo
assim que isso aconteceu! E como as coisas mudaram!! Tudo hoje é muito rápido,
todo mundo está conectado, as informações chegam a cada segundo de milhares de
fontes diferentes... Claro que há infinitas vantagens nisso tudo. Nossa vida
facilitou em muitos sentidos com o avanço estrondoso da tecnologia. Mas também
fiquei pensando o quanto perdemos: perdemos o bate-papo informal, perdemos o prazer
de escrever (já que hoje, quantos menos caracteres, melhor!), perdemos o
convívio com outras pessoas...
E nesse momento, a tecnologia me assusta...
como será que nossos filhos e netos viverão? Será que saberão que um dia, foi
possível viver sem o computador? Ou sem aquele aparelho chamado celular?
Pois é, às
vezes eu acho que precisamos voltar a pensar nisso. Estamos trocando as
relações pessoais pelas amizades virtuais... Somos cada vez mais dependentes e
reféns dos aparelhos eletrônicos que invadem a nossa vida por todos os lados.
No mesmo
restaurante, numa mesa ao lado na nossa, havia um grupo de crianças de
aproximadamente 10 a 12 anos. Engraçado que, quando levantamos para irmos
embora, olhei para a mesa... e adivinha? Todos, isso mesmo todos os garotos na
mesa estavam mexendo em seus celulares.
Parece
coisa de louco? Sim, talvez... Mas é a realidade que vivemos...
Por isso o meu
convite é para que você pare e reflita um pouco sobre quais momentos você pode
deixar a tecnologia de lado e voltar a viver como há 15 ou 20 amos. Tente fazer
um exercício de, pelo menos 1 vez ao dia, fazer algo onde você não precise do
seu computador ou do seu celular... Ao invés de ligar para aquele seu amigo,
por que não tentar encontrá-lo pessoalmente? Ao invés de escrever a mensagem de
Parabéns na linha do tempo do Facebook, por que não passar e dar um abraço?
Coisas simples... que possam resgatar os valores da convivência, da companhia,
do “estar presente”...
E que essa
experiência seja muito prazerosa para você, assim como é prazeroso poder estar “conectado”
sempre e em qualquer lugar!
Enjoy!