segunda-feira, 16 de julho de 2012

Profissão: COACH



Já fiz alguns posts aqui falando do Processo de Coaching. Fiz a certificação com o ICI (Integrated Coaching Institute) no ano passado, mas desde 2007 venho utilizando essa importante ferramenta de desenvolvimento de líderes e dos profissionais em geral nas empresas onde tenho trabalhado, sempre com excelentes resultados.

E na última sexta-feira, o Jornal da Globo trouxe uma reportagem sobre a profissão de Coach. É fato que, com o mercado aquecido, a pressão por resultados e a necessidade de entregar cada vez mais um trabalho com mais qualidade e com menos recursos, os profissionais em geral estão se sentindo "desamparados", precisando de uma orientação, de uma ajuda profissional para atingirem os seus objetivos. E o papel do Coach é fundamental nesse processo, trazendo resultados no curto prazo e principalmente, mudanças "duradouras" na vida profissional das pessoas.

O principal foco num processo de coaching é ajudar as pessoas avançarem em relação às suas metas mais importantes, realizando seus objetivos e criando a sua versão ideal de vida e carreira. O foco é sempre nas possibilidades futuras, transformando-as em realidade.

Entretanto, é preciso saber escolher o profissional. Aqui vão algumas dicas importantes para ajudar na sua escolha:

- Certifique-se que o profissional escolhido tem uma boa formação em Coaching. Você pode inclusive entrar em contato com a instituição onde o profissional se certificou para ter referências.
- Busque referências de outros clientes (coachees) que já passaram pelo processo com esse profissional. Explore a metodologia utilizada e veja se você se adapta ao modo de trabalho utilizado.
- Verifique se ele estabelece um contrato de prestação de serviços com você, deixando claro os papéis e responsabilidades de cada um para êxito no programa.
- Se você fará o coaching através da sua empresa, peça auxílio para a área de Recursos Humanos, que pode te orientar sobre o melhor processo para você.

Um bom processo de coaching executivo geralmente tem duração de, em média 10-12 sessões. Não acredite em milagres! Seu esforço e dedicação será fundamental para ter sucesso e atingir os objetivos desejados.

Eu particularmente, acredito muito nesse processo! 

Vale a pena conferir a reportagem:


Abraços!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Você já Conversou com os seus Colaboradores Hoje?


Esta é uma pergunta que todos os dirigentes empresariais e gestores deveriam se fazer diariamente, como complemento da análise dos seus indicadores de gestão como produção, produtividade, custos e prazos, na certeza de que através das respostas encontrarão muitas das causas que não os deixam dormir. 

É comum nos encontros de negócios dirigentes empresariais lamentarem entre si:

“...não sei mais o que fazer para obter e manter a paz no ambiente de trabalho, mesmo investindo tanto em nossos colaboradores”.

A prática  de  boas e, por vezes, excelentes  políticas  de recursos humanos, o  cumprimento rigoroso da legislação e a manutenção de boas condições  de  trabalho  são absolutamente necessárias, entretanto  insuficientes para combater o principal obstáculo à paz no ambiente de trabalho, os conflitos individuais e coletivos.

Para se obter a plena confiança dos colaboradores e garantir relações harmoniosas no ambiente de trabalho, é igualmente necessária uma comunicação estruturada, aberta e permanente, estimulada e praticada por lideranças preparadas e comprometidas.

À primeira vista estas afirmações se apresentam como óbvias. Aliás, todo dirigente empresarial reconhece a sua importância para o sucesso de seus negócios. Mas, no fundo, a dificuldade  está no fato de que as empresas são movidas por resultados e a competitividade do mercado onde  atuam  está  exigindo  sempre mais, de  forma  insaciável e  permanente.  Isto  é  motivo  suficiente para que a prática do diálogo seja facilmente abandonada. Não há tempo para conversa em um ambiente competitivo – este é um grande paradigma que o mundo globalizado nos impôs.

Comete  um  terrível  engano  quem o aceita. E isto  acontece  de  maneira imperceptível no ambiente de trabalho. A estrutura hierárquica e funcional tem suas ações direcionadas prioritariamente para resultados econômicos financeiros e operacionais. E mesmo com metas de cunho social,  como  desenvolvimento  profissional, prevenção  à  saúde  e  ao  meio  ambiente, as  políticas de remuneração variável, como bônus e participação nos lucros, elas têm mais a ver com os resultados mensuráveis.

Esta  cultura  mantida  pela  prática  da “autoridade formal”, encontradiça  no mercado, faz com  que as empresas não alcancem os benefícios proporcionados pela prática da “autoridade moral” perante seus colaboradores.

Este  segundo  tipo  de  autoridade, diferente  da outra, é responsável  pelo trabalho com sinergia que, por meio do compromisso sincero e da empolgação criativa  dos colaboradores, é capaz  de gerar resultados  otimizados e, como conseqüência, aumentar o nível de competitividade das empresas.

Entretanto, como a mudança de qualquer tipo de cultura, incluindo o caso da gestão de pessoas, é um processo gradual e lento. É exatamente aí que se instala o círculo vicioso de que não há tempo pra conversa num ambiente competitivo.

Este círculo pode ser rompido, de forma acelerada, pela obrigatoriedade de diálogos estruturados e permanentes entre líderes e liderados, até que  as  lideranças  percebam  que  a prática  de  novos comportamentos e atitudes no cotidiano das relações no trabalho, proporcionados pelo diálogo, produzem resultados muito melhores que os anteriores.

E você? Já conversou com seus colaboradores hoje?

Lembre-se que o diálogo é o caminho para a paz!
  
Fonte: HGM Consultores

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Para onde o RH está olhando?


Faz mais de 13 anos que trabalho na área de Recursos Humanos  e consequentemente, convivo com os mais diversos profissionais nessa área... e de outras áreas também. E uma pergunta sempre fica presente em meus pensamentos: “Para onde o RH está olhando?”
Se você não entendeu muito bem a pergunta, eu explico: não canso de ouvir reclamações de funcionários e gestores dizendo que não sabem a razão da existência do RH. A impressão que tenho é que delegamos praticamente tudo para os líderes e esquecemos de garantir o alicerce para um bom processo de gestão de pessoas.

Sim! Estou me incluindo nesse grupo, afinal também sou RH. Mas não consigo entender porque muitas vezes não ouvimos o que os nossos funcionários querem, precisam... ou ainda aquilo nem sabem que precisam e que deveríamos estar preparados para entender.  Confesso que às vezes sinto uma pontinha de inveja da área de Marketing, por exemplo, que fazem aquelas pesquisas elaboradas para entender o seu público-alvo. E nós continuamos achando que estamos “salvando as empresas” quando na verdade, viramos as costas para os problemas cotidianos e perdemos talentos, competências, dinheiro...

Tenho percebido que a área de RH ficou distante das pessoas... começamos a olhar tanto para os “números” e para os resultados que esquecemos que eles são fruto do esforço, da dedicação e da competência das pessoas. Desejamos tanto sentarmos ao lado do presidente, pedimos para sermos mais estratégicos e finalmente, conseguimos! Mas e o básico, será que estamos fazendo?

Longe de mim generalizar, mas acho que essa discussão vale a pena... Você como RH, tem conversado com os funcionários da sua empresa de maneira informal? Quanto suas ações estão contribuindo para tornar o ambiente de trabalho mais agradável, mais produtivo? As pessoas reconhecem o RH como uma área a qual “eles podem contar”?

Thomaz Wood Jr, professor da FGV-EAESP e consultor disse em uma entrevista que as principais características dos profissionais de RH são humanismo, pragmatismo e capacidade de realização. Se pararmos para pensar, vamos ver que faz todo sentido...

Uma empresa existe para gerar valor, isso é fato. Mas ela é constituída de pessoas e por isso, o lado humano, a preservação da ética, a construção de relações saudáveis e o respeito ao indivíduo é que traz o equilíbrio para o mundo organizacional. Garantindo esse aspecto, daí sim temos que dominar ferramentas de negócios, fugindo daqueles discursos utópicos que não funcionam quando o assunto é resultado. Temos sim, que falar a linguagem dos negócios, mensurar o nosso trabalho, trabalhar com foco em projetos, buscar melhorias na qualidade, produtividade, etc... E por fim, é importante demais saber fazer acontecer. Me lembro que, em uma das empresas por onde passei, ouvi um diretor dizer a seguinte frase: “Power Point aceita tudo”. Ou seja, montamos apresentações fantásticas, cheias de termos complexos e no fim, não conseguimos colocar em prática aquela nossa ideia. Por isso, realizar tem que ser a chave... é preciso ter essa capacidade de transformar as ideias em resultados.

Todos os dias acredito que é importante repensar o nosso papel. Meu convite é que você, profissional de RH, pare um pouco e faça uma auto-avaliação. Pergunte-se se o que você está fazendo agora faz sentido e está alinhado com a sua missão enquanto área de Recursos Humanos. Em meio a tanta pressão por resultados, a máxima de se “fazer mais com menos” e os índices de exigência cada vez mais altos, penso que nosso papel é cuidar... cuidar para que as pessoas consigam entregar os resultados, cuidar para que os líderes estejam preparados para fazer um processo de gestão e principalmente, cuidar para que os funcionários possam encontrar realização enquanto exercem o trabalho que escolheram. No fim das contas, cuidar para que as pessoas possam ser mais felizes enquanto trabalham.

Nossa área não tem sentido se não considerarmos o lado humano das organizações, se não atuarmos como o termômetro do ambiente do trabalho, indo além do que mostram as pesquisas de clima. Entender o ritmo da organização e trabalhar com as pessoas para que elas consigam sobreviver a esse ritmo. Eu acredito que esse é o nosso papel... E quando estivermos fazendo isso muito bem, daí sim podemos desejar que venham os desafios os quais chamamos de “estratégicos”! Mas e tudo isso, será mesmo que não é?!

Abraços a você!