Olá!!
Faz 7 meses que não passo por aqui... Foi uma parada totalmente planejada para assumir um novo (e talvez o mais importante) papel na minha vida: ser Mãe!! Foram meses maravilhosos... mas é hora de voltar, o que também é bom, mas não necessariamente é fácil.
Retomar a vida profissional após 7 meses em
casa curtindo a licença-maternidade é um grande desafio. Durante todo esse
tempo, os principais assuntos aos quais você tem acesso são mamadas, fraldas e
noite mal dormidas. Seu grupo fica restrito às mamães que, assim como você,
também estão curtindo seus pimpolhos e assim, suas preocupações e a rotina
diária são totalmente diferentes daquela de quando você estava trabalhando.
Mas é bom voltar. Se por um lado o coração
fica apertado porque você só quer ficar com o seu bebê o tempo todo, por outro
é bom estar em contato novamente com o mundo corporativo... e perceber que,
mesmo depois de 7 meses, os problemas se repetem, as pessoas continuam criando
expectativas... enfim, nem sempre o cenário muda. J
Mas esse post é para compartilhar um
pouquinho com as mamães que vão passar por isso em breve, como planejei o meu
retorno. Sim, como tudo em minha vida, o meu retorno ao trabalho foi planejado
e eu fiz tudo o que pude para minimizar o impacto e o sofrimento da minha
filha, o meu e o da empresa (nessa ordem de importância... J).
Aqui vão algumas dicas que funcionaram para
mim e que podem funcionar para você:
1. Durante os 3 primeiros meses eu fiquei totalmente dedicada à minha filha. TOTALMENTE. O único contato que tive com a empresa foram os amigos que vieram me visitar (e que eu adorei!). E ainda assim os assuntos organizacionais eram super limitados ou quase nem tocados. Foi maravilhoso ter a possibilidade de estar 100% dedicada à maternidade e curtir todas as mudanças que um bebê traz para a nossa vida.
2. Tenho uma babá comigo desde o início. Quando chegamos do hospital a babá já estava lá em casa. Claro que no começo não há muita coisa para ela fazer, até porque eu quis cuidar de tudo o que pude, assumi mesmo o título de "mãe coruja". Mas ter uma ajuda para cuidar da casa, da comida e de outros detalhes que fazem parte da rotina foi fundamental para a minha tranquilidade... e o grande ganho aqui foi o fato de que minha filha teve todo o tempo necessário para se adaptar com uma outra pessoa cuidando dela.
3. Após o 4º mês da minha bebê, intensifiquei a adaptação da bebê com a babá. Isso quer dizer que a babá assumiu o banho, os passeios, as trocas de fraldas e, por algumas vezes, eu saía de casa para resolver assuntos diversos deixando-a com a babá. No começo foi difícil (para ambas), mas foi super importante para que, no momento da minha volta ao trabalho, ela já estivesse 100% adaptada com a babá.... E eu confiante de que minha filha estaria em boas mãos na minha ausência.
4. Também após o 4º mês eu voltei a me conectar com as pessoas da empresa. Marquei almoços, cafés, fui até a empresa algumas vezes e fui procurando entender o momento da organização e o que encontraria quando voltasse lá. Também passei a ler os emails, as informações sobre a empresa na mídia e um pouco do cenário econômico... (Sim, eu me desliguei totalmente e não fiquei acompanhando a cotação do dólar, os planos do governo ou a situação da indústria mês a mês...) Essa conexão me ajudou muito a voltar já com alguns inputs importantes que facilitaram a minha re-integração.
5. Durante a primeira semana, agendei reuniões com pessoas-chave na organização, que puderam me dar um overview do que aconteceu durante o período que fiquei fora e principalmente, qual era o meu papel ali, o que as pessoas esperavam de mim. Já na segunda semana me senti conectada novamente e pronta para assumir 100% das minhas responsabilidades.
6. O papel da família foi fundamental no meu retorno. Além de poder contar com o TOTAL apoio do meu marido, ainda tive minha mãe em casa na primeira semana, o que dá uma tranquilidade a mais. Ter pessoas da sua confiança ao seu lado, faz toda a diferença.
7. Eu continuo amamentando... Estou tentando gerenciar a agenda, de modo que, pela manhã e ao chegar em casa no fim do dia, possa amamentar a minha pequena, reforçando o nosso vínculo e nutrindo-a com todo o meu amor. Sim, é possível... mas também é importante se planejar para isso.
Claro que os desafios continuam...
conciliar agendas, driblar o trânsito, chegar em casa antes da sua bebê dormir
e administrar as noites mal dormidas x longas jornadas de trabalho e reuniões,
fazem parte da minha rotina. Mas seguindo esse plano, a ansiedade de separação
foi minimizada e administrada da melhor forma.
Espero que as dicas funcionem para você...
Se você também passou ou vai passar por isso em breve, compartilhe aqui os seus
planos e suas dicas também!
Abraços!