sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Repensar...

Faz um tempinho que não passo por aqui para escrever... Tantos acontecimentos na minha vida, me forçaram a redefinir as prioridades... A notícia da gravidez foi maravilhosa, ao mesmo tempo em que encheu meus dias de compromissos e minha cabeça de novos pensamentos...

Sempre li e ouvi sobre a dificuldade da mulher em tomar a decisão sobre engravidar, especialmente aquelas que se dedicam à uma carreira e têm projetos profissionais para o futuro... E assim, o adiamento do sonho de ser mãe acontece ano a ano, até conseguir "aquele" cargo, "naquela" empresa, com "aquele" salário...

Isso também aconteceu comigo... Pensar como seria minha vida com uma criança era ao mesmo tempo emocionante e assustador... Mas em alguns momentos, você tem que decidir... porque senão, a vida e a natureza decidem por você!

Hoje, passados 5 meses desde a notícia de que a Giulia está a caminho, já me vejo repensando coisas... minha vida profissional, o local onde queremos morar, as prioridades que serão outras... E tudo isso tem um preço!

Será que continuaremos vivendo nessa cidade onde as oportunidades profissionais são intermináveis, mas a locomoção está cada dia mais caótica?

De todas as minhas preocupações e questionamentos, não tenho dúvidas que essa foi a pergunta da semana!! Vivo em uma cidade que é referência em termos de oportunidades de carreira, lazer, cultura... Desde muito cedo, sempre sonhei em viver aqui, vislumbrando todas as portas que se abririam... E se abriram!! Entretanto, passados 3 anos tentando ser uma "paulistana", chego à conclusão de que tenho passado mais de 2 horas por dia para ir e vir ao trabalho... certamente, se você também vive em São Paulo deve agora estar pensando: "Só 2 horas por dia e está reclamando?! Eu levo o dobro!!"... Pois é, mas eu moro a menos de 2 Km do meu trabalho, o que também foi uma condição para viver aqui...

E isso tem me amedrontado... o futuro nas grandes cidades, a qualidade de vida, o tempo que terei para me dedicar à minha família, as horas que vou ficar dentro do carro sofrendo porque poderia aproveitar aquele tempo de outra forma...

Cada vez mais é fato que vivemos de escolhas... Acho que o verbo "Escolher" é o mais presente nos nossos dias... a todo minuto estamos escolhendo algo... e escolher tem um peso, tem um significado...

Depois de escolher ser mãe, estou tentando agora, fazer escolhas que me permitam equilibrar minha vida pessoal e profissional... uau!! Como isso é difícil!! 

Acho que esse post é mais um desabado, ou uma angústia... Não consigo ainda encontrar respostas para meus questionamentos, nem tranquilidade para minhas angústias... mas sei que farei a escolha certa... assim como acertei quando escolhi abrir mão da carreira em troca de gerar uma vida... A Giulia ainda não chegou, mas já me dá tanta certeza de que fiz a escolha certa, que me sinto mais forte para escolher outras coisas no futuro!

E você, que escolhas têm feito nesse sentido?



terça-feira, 16 de julho de 2013

Você é um Líder Termostato ou Termômetro?


Recebi esse texto e resolvi publicá-lo aqui... Vale muito a pena refletir que tipo de líder você tem sido e que exemplo tem deixado para a sua equipe.

Obs.: Como o texto original é em inglês, tentei traduzi-lo de forma a deixá-lo o mais próximo possível.
Escrito por Randy Conley

"Quando se trata de liderança, você é um termostato ou um termômetro? Mark, meu amigo, colocou essa estranha pergunta para mim esta semana. E explicou a diferença entre os dois.
Um termômetro reflete a temperatura do ambiente. Ele simplesmente reage ao que está acontecendo ao seu redor. Se a temperatura estiver quente, ele diz-lhe que sim. Se está frio, o termômetro somente reflete a realidade também. É um instrumento mudo, no sentido de que não contém funcionalidade multiuso inteligente. Ele tem um propósito... e um único propósito.
Um termostato, por outro lado, regula o ambiente. Ele estabelece a temperatura desejada desse ambiente e trabalha ativamente para mantê-lo dentro de um determinado intervalo. Se a temperatura subir acima da meta, o termostato sinaliza o condicionador de ar para entrar em ação e refrescar o ambiente. Se a temperatura cai abaixo da meta, o termostato faz com que o aquecedor ligue, a fim de aquecer o espaço. O termostato é inteligente, no sentido de que está sempre monitorando o ambiente, e se a temperatura estiver muito quente ou frio, ele decide o que fazer para corrigir a situação.
"Líderes Termômetro" reagem ao seu ambiente. Quando a tensão fica alta e as pessoas estão no limite, esses líderes são muitas vezes vistos perdendo a calma. Tornam-se irritáveis, duros, exigentes, críticos, impacientes, e talvez até mesmo perder a paciência e sair do seu controle. Liderança termômetro não inspira confiança e compromisso com as pessoas, ao contrário, traz medo e insegurança.
Os "Líderes Termostato", no entanto, sempre tem um pulso sobre a moral, a produtividade, o nível de estresse, e as condições ambientais de sua equipe. Quando a temperatura esquenta porque o time está sob pressão de uma pesada carga de trabalho, os recursos são escassos, ou prazos pendentes estão causando stress, ele agem com influência para acalmar a equipe. Eles tomam um tempo para ouvir as preocupações dos membros de sua equipe e fornecer a orientação e suporte necessário para ajudar a equipe a alcançar seus objetivos. Os "líderes termostato" também sabem aliviar a pressão sobre sua equipe através da mistura de um pouco de diversão leve em momentos oportunos.
Da mesma forma, quando o trabalho é lento e as pessoas são propensas a apenas atravessar os movimentos, os "líderes termostato" trabalham com suas equipes para reorientá-las para a visão, propósito e objetivos da equipe. Porque eles estão monitorando ativamente o ambiente de suas equipes, eles sabem quando a equipe precisa ser desafiada com novas metas e prioridades, ou quando eles só precisam de um "empurrão" para manter o foco em suas iniciativas em curso.
"Líderes termostato" constróem a confiança com seus seguidores, enquanto os "líderes termômetro" corroem a confiança. Quando os tempos ficam difíceis, as pessoas querem ver os seus líderes reagirem com calma, foco e determinação. Eles querem definir o tom para a forma como a equipe deve reagir durante tempos difíceis e navegar pelos mares agitados pela frente. Isso é um grande desafio para os líderes, porque eles também são os membros da equipe e por isso, sentem o mesmo stress e pressão, às vezes numa escala atpe maior... 
Então, como você responderia a esta pergunta? Você é um líder termômetro ou termostato?"

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Conectados?




Hoje fui almoçar com 4 amigas com o objetivo inicial de comemorar o resultado de uma semana de trabalho num projeto... Como sempre, almoçar com as amigas é muito bom, porque relaxamos, rimos, contamos histórias... sem julgamentos, sem comentários... somente pelo prazer de ouvir e de compartilhar!

Acontece que num determinado momento da conversa, começamos a falar das coisas que fizeram parte do nosso passado... Falamos de internet discada (sim, tentamos imitar aquele barulho que fazia enquanto você tentava conectar...rsrsrs), das tele-mensagens, da máquina de datilografia, da máquina fotográfica com filme de 36 poses, do curso de computação onde se aprendia DOS, da ficha telefônica, entre outros “dinossauros”...

Uma das amigas tem menos de 20 anos e óbvio que ficou perdida no meio de várias coisas que falávamos...

Num determinado momento da conversa, me peguei pensando... não faz tanto tempo assim que isso aconteceu! E como as coisas mudaram!! Tudo hoje é muito rápido, todo mundo está conectado, as informações chegam a cada segundo de milhares de fontes diferentes... Claro que há infinitas vantagens nisso tudo. Nossa vida facilitou em muitos sentidos com o avanço estrondoso da tecnologia. Mas também fiquei pensando o quanto perdemos: perdemos o bate-papo informal, perdemos o prazer de escrever (já que hoje, quantos menos caracteres, melhor!), perdemos o convívio com outras pessoas...

 E nesse momento, a tecnologia me assusta... como será que nossos filhos e netos viverão? Será que saberão que um dia, foi possível viver sem o computador? Ou sem aquele aparelho chamado celular?
Pois é, às vezes eu acho que precisamos voltar a pensar nisso. Estamos trocando as relações pessoais pelas amizades virtuais... Somos cada vez mais dependentes e reféns dos aparelhos eletrônicos que invadem a nossa vida por todos os lados.

No mesmo restaurante, numa mesa ao lado na nossa, havia um grupo de crianças de aproximadamente 10 a 12 anos. Engraçado que, quando levantamos para irmos embora, olhei para a mesa... e adivinha? Todos, isso mesmo todos os garotos na mesa estavam mexendo em seus celulares.

Parece coisa de louco? Sim, talvez... Mas é a realidade que vivemos... 

Por isso o meu convite é para que você pare e reflita um pouco sobre quais momentos você pode deixar a tecnologia de lado e voltar a viver como há 15 ou 20 amos. Tente fazer um exercício de, pelo menos 1 vez ao dia, fazer algo onde você não precise do seu computador ou do seu celular... Ao invés de ligar para aquele seu amigo, por que não tentar encontrá-lo pessoalmente? Ao invés de escrever a mensagem de Parabéns na linha do tempo do Facebook, por que não passar e dar um abraço? Coisas simples... que possam resgatar os valores da convivência, da companhia, do “estar presente”...

E que essa experiência seja muito prazerosa para você, assim como é prazeroso poder estar “conectado” sempre e em qualquer lugar!

Enjoy!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Sobre as Nossas Escolhas...



Depois de um longo período sem descanso, consegui tirar 10 dias de férias e fiz uma viagem de 7 dias para a Bahia. Estava precisando descansar, sair da rotina altamente estressante do mundo corporativo, “desocupar” a mente e relaxar um pouco.

Não sei exatamente porque eu escolhi a Bahia. Certa manhã estava folheando uma revista, vi a matéria sobre uma pousada recém inaugurada, com uma paisagem linda e pronto! Estava tomada a decisão do nosso destino (O Carlos logo concordou também, pois também estava precisando dar uma “desestressada”!).

A semana na Bahia foi ótima! Tirando alguns momentos de chuva e céu nublado, foi possível passear, descansar, conhecer novos lugares e principalmente... refletir! Pude refletir o quanto (e como) tenho trabalhado nos últimos anos... a carga de trabalho pesada, a necessidade de fazer sempre mais e melhor, a cobrança excessiva para que as coisas aconteçam cada vez mais rápido... e ao mesmo tempo, naquele lugar, de frente para o mar, fiquei olhando o ritmo de vida que algumas pessoas ali estava levando. Não posso julgar se elas estavam mais ou menos estressadas, mas senti que tenho dado pouco valor para momentos de mais tranquilidade, momentos em que realmente estou “fazendo nada”, porque eles também dão importantes. Aquele verdadeiro momento “Dolce far Niente”...

O fato é que tenho acreditado cada vez mais na máxima que escolhemos tudo o que acontece em nossa vida. Tudo mesmo! E sei que também escolhi a vida que levo hoje... escolhi a minha profissão, a empresa que trabalho, a quantidade de horas que trabalho, a cidade onde moro, as pessoas com as quais convivo... E muitas vezes, me pego reclamando de algumas coisas, esquecendo que elas são fruto das minhas escolhas!

Voltando ao trabalho encontrei mais de 600 emails para ler, um monte de decisões a serem tomadas, assuntos a serem resolvidos (porque obviamente eles não se resolveram sozinhos durante a minha ausência... rsrsrs). Mas também estou tentando encontrar um tempo para mim: para refletir sobre a minha qualidade de vida, sobre as minhas escolhas e como essas escolhas hoje definirão como será o meu futuro.

Cada vez mais é preciso tomar consciência daquilo que muitas vezes não queremos ver... Temos a tendência de nos “esconder” atrás das desculpas... a falta de tempo, a necessidade de ser o melhor, o trânsito, a pressão na empresa, o fast food que comemos... E assim, vamos nos deixando levar, achando que não estamos escolhendo o nosso caminho, mas sendo escolhidos por ele. Engano nosso! Quando não escolhemos o que ou como fazer, também é uma escolha nossa, uma decisão pensada... Portanto, a nada  ou a ninguém podemos atribuir a “culpa” a não ser a nós mesmos.

Decidi que vou fazer mais escolhas conscientes... E para isso, vou me conhecer melhor, saber dos meus limites, das minhas necessidades e das minhas expectativas. Saber que, para cada escolha, haverá um ganho e uma perda e que cabe a mim, somente a mim, fazer um balanço entre o que quero ganhar e o que estou disposta a perder.

No fim das contas, eu escolhi sim ir para a Bahia. Escolhi porque estava precisando buscar um novo olhar, uma nova forma de ver a vida. Estava precisando trazer mais cor, calma e paciência para os meus dias... e lá eu encontrei isso!

Desejo que você possa se tornar cada vez mais consciente das suas escolhas. E que elas possam te ajudar a desenhar o seu futuro, que, pensando bem, já é daqui a 1 minuto. J

Boas escolhas para você!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

E Quando o Feedback é Para Você?


Já falei aqui em alguns posts sobre a importância do feedback no desenvolvimento das pessoas. Já sabemos que feedback é um presente e que, quando bem direcionado, nos ajuda a identificar oportunidades de melhoria e enxergar nossos “gaps”.

Mas será que estamos realmente preparados para receber esse “presente”? Mais do que isso, o que fazer com esse presente? Quero dizer, como tratar esse feedback, especialmente o negativo, para que ele realmente possa trazer efeitos positivos para a sua carreira e até para a sua vida pessoal?

A gente sabe  que nem sempre é fácil ouvir aquilo que não queremos, ou seja, quando alguém nos fala algo que não condiz com a imagem que temos de nós mesmos, nossa tendência é reagir, não concordar e se fechar para a mensagem... Lembre-se que as nossas intenções podem ser diferentes dos comportamentos que expressamos. Por exemplo: você pode ter a intenção de ser simpático com as pessoas, mas quando chega aos escritório, mal tem tempo para dar “bom dia”... Isso pode ser encarado como antipatia, o oposto do que você imagina estar passando para as pessoas.

Por isso acredite... Quanto mais preparado você estiver, mais fácil será entender e interpretar o feedback, tomando para si aquilo que realmente faz sentido e que pode te ajudar a melhorar comportamentos que serão úteis para você.

Deixo aqui então algumas dicas:

1 – Primeiro ouça, sem interrupções ou argumentos: no momento em que alguém nos diz algo que não esperamos sobre nós mesmos, nosso primeiro impulso é buscar argumentos e justificativas. Ao fazer isso, você pode quebrar o vínculo com a pessoa que está lhe dando o feedback e pode perder informações importantes que serão úteis para o seu desenvolvimento.


2 – Peça Exemplos: Ouvir atentamente não significa não falar absolutamente nada! Se não ficou claro para você o que a outra pessoa quis dizer, peça exemplos de situações onde ela pode perceber o seu comportamento. Quanto mais fatos você tiver, mais fácil será aceitar o feedback. Não tente “decifrar” a mensagem... Pergunte, quantas vezes forem necessárias, mas não faça interpretações.

3 – Reflita: de tudo o que você ouviu, pode ser que algumas coisas lhe sirvam e outras, nem tanto. O mais importante é refletir, ver o que faz sentido e o que você acredita que pode mudar. Muitas vezes, especialmente no ambiente corporativo, alguns comportamentos precisam ser ajustados, de acordo com a missão, visão e valores da empresa. Mudar para adaptar-se à esses valores faz parte do nosso papel profissional, desde que você esteja disposto a isso sem ferir o seus próprios valores. 
4 – Valide o Feedback: um outro ponto importante é sobre quem está lhe dando o feedback. Muitas vezes, não “validamos” a pessoa a qual está falando conosco e por isso, nossa tendência é se fechar para a mensagem. Se a pessoa que lhe deu o feedback não tem sua credibilidade, ouça o que ela diz e procure validar a mensagem com outras pessoas. Pergunte para àquelas pessoas nas quais você confia, o que elas pensam a respeito de determinado comportamento seu. Assim, ouvindo de outras pessoas, fica mais fácil aceitar o feedback.

5 – Controle sua Emoção: chorar, xingar, gritar, bater a cabeça na parede... nada vai melhorar a situação. Comportamentos assim só deixarão mais explícito que você está negando o feedback recebido. Respire fundo, pense, acalme-se e reflita. Se ficar muito abalado com o que ouviu, peça um tempo à pessoa que lhe deu o feedback e volte a falar com ela quanto estiver mais calmo... mas jamais perca o controle.

6 – Assuma o Compromisso de Mudar: se o que você ouviu fez sentido para você, trace um plano de ação consigo mesmo. Estabeleça metas, prazos e a forma como você irá trabalhar para melhorar o ponto de desenvolvimento identificado. Além disso, faça uma auto-avaliação periódica e também peça novos feedbacks para acompanhar sua evolução.


Lembre-se que errar não é sinônimo de fracasso. É através do erro que nos desenvolvemos e aprendemos a fazer melhor. Se alguém se dispôs a dar o feedback para você a partir do seu erro, é porque acredita que você tem capacidade para melhorar. E isso é um ponto positivo! Grande parte dos profissionais os quais converso, reclama exatamente da falta de feedback. Portanto, encare esse processo com naturalidade e como um presente realmente, ainda que não seja aquele presente “desejado”... Tenha certeza que ele pode ser útil a você! Basta aceitá-lo abertamente, e usá-lo da melhor maneira possível.


Que saber mais? Assista a um trecho do vídeo "Janela de Johari", que trata exatamente do assunto Feedback.


Falarei mais sobre esse conceito em outros posts por aqui.



Abraços!!

terça-feira, 26 de março de 2013

A Temida Entrevista de Emprego...

Mãos suando, nervosismo à flor da pele, preocupação, ansiedade, noites e noites sem dormir... Difícil imaginar que esse sintomas são típicos de uma pessoa que está participando de um processo de entrevistas de emprego. Mas acredite, é verdade...

Muitas vezes, candidatos com qualificações excelentes, com muitas boas histórias para contar não se saem bem diante do desafio de convencer outra pessoa de que está habilitado para aquela função.

Mas o que será que está errado? A entrevista de emprego não deveria ser um momento mais tranquilo, onde candidato e entrevistador procuram encontrar coisas em comum entre o perfil profissional e o perfil da posição?

Pois é... e quando ela é feita de maneira totalmente diferente, irreverente e criativa? Quando as perguntas e as situações fogem do "padrão" estabelecido pela grande maioria dos recrutadores?

Recebi hoje esse vídeo de uma amiga que compartilhou em minha página do Facebook (obrigada Andreia!!) e achei que merecia um post aqui...

Simplesmente criativa e relevadora, essa entrevista de emprego vai  muito além de deixar o candidato "suando frio", enquanto responde perguntas padronizadas e muitas vezes, sem foco...

Como candidato, você está preparado para esse processo de entrevista? E como recrutador... Que tal inovar um pouco os métodos utilizados para encontrar o candidato que você tanto procura?

 Vale a pena assistir, refletir e se divertir!


Heineken cria a Entrevista de Emprego mais Criativa dos Últimos Tempos

Entrevistas de emprego são sempre chatas e, de certa forma, nervosas. O pior de tudo é que as empresas buscam pessoas diferentes e fazem sempre as mesmas perguntas, obtendo, é claro, as mesmas respostas de todos os candidatos. Quando uma empresa questiona sobre os defeitos, é claro que ninguém falará a verdade, principalmente sobre coisas que “podemos” nos adaptar e corrigir.
Em um vídeo recente, que bombou na internet, a Heineken resolveu transformar uma entrevista de emprego em uma verdadeira aventura, uma forma genial de chamar a atenção do público, além de achar o cara certo.
Entre 1.734 candidatos, apenas 1 conquistou o emprego. Veja qual foi a diferença…


terça-feira, 19 de março de 2013

Síndrome de Burnout... Você já ouviu falar?



Pressão exagerada em busca de resultados, altas exigências com a qualificação profissional, produzir cada vez mais com cada vez menos... Esses e outros cenários são cada vez mais constantes na vida dos profissionais. Aqueles que vivem nas grandes cidades ainda carregam consigo o trânsito caótico, o medo constante da violência, a pressão do tempo... 

Essa realidade está cada vez mais presente nas organizações: funcionários desmotivados, estressados e em alguns casos, até depressivos. É cada vez mais comum ouvir frases do tipo: "As organizações estão doentes!" "Não aguento mais essa pressão!"  "Vou pedir demissão hoje!"

E então, fica a pergunta: Que mundo é esse que estamos vivendo?

Você já deve ter ouvido falar da Síndrome de Burnout. Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, pode ser traduzida como uma exaustão física, emocional e mental, causada por condições e demandas de trabalho desgastantes. Profissionais cuja atividade requer envolvimento interpessoal direto e intenso, são mais propensos a apresentar esse transtorno, dentre eles profissionais da área da saúde, educação, recursos humanos, policiais, assistentes sociais e mulheres que enfrentam dupla ou tripla jornada de trabalho.

Dentre os sintomas mais comuns estão:

* Sintomas Físicos:
- Baixa energia
- Problemas relacionados ao sono
- Imunidade baixa
- Doenças frequentes
- Dores de cabeça, de estômago, etc

* Sintomas Emocionais:
- Falta de motivação
- Irritabilidade e nervosismo constantes
- Dimimuição da satisfação no trabalho
- Desilução com o emprego
- Depressão
- Mudanças bruscas de humor

*Sintomas Comportamentais:
- Busca pelo isolamento
- Redução do comprometimento
- Procrastinação
- Aumento do absenteísmo
- Dificuldades de concentração
- Problemas alimentares
- Uso de álcool, drogas, etc.

Mas, o que fazer quando você identificar alguém na sua equipe com esses sintomas? Como saber se é realmente a Síndrome de Burnout? Claro que é necessário a opinião de um especialista para a realização de um diagnóstico preciso. Entretanto, como gestor (ou colega de trabalho), você pode tomar algumas atitudes que podem ajudar:

- Fale das suas observações com o profissional. Diga a ele que vem observando o seu comportamento e que está disposto a ouvi-lo e ajudá-lo.
- Encoraje o profissional e falar dos seus sentimentos e percepções. Ouça com empatia.

- Ajude-o a solucionar os problemas que estão ao seu alcance.

- Procure ajuda especializada se for o caso: médico do trabalho, assistência social, psicólogo, etc.
Se você é gestor desse profissional, algumas ações adicionais devem fazer parte do seu escopo de trabalho:

- Estabeleça metas claras e realistas.
- Dê ao profissional a autonomia necessária para controlear os elementos do seu trabalho: agenda, maneira de trabalho, etc.

- Facilite a gestão da vida profissional x pessoal do profissional. Menos controle e mais compromisso funcionam bem.

- Encoraje sua equipe a ter pequenas “paradas” no trabalho: um café, um bate-papo...
- Remova aqueles obstáculos que estão ao seu alcance.
- Discuta os prazos antes de simplesmente estabecê-los.
- Dê os recursos necessários para a realização do trabalho: ferramentas, conhecimento, informação, tecnologia, etc.
- Seja aberto, presente e conectado os seus funcionários.
- Dê feedback, fale a verdade, use os erros como oportunidade de crescimento
- Reconheça e recompense sempre que possível, o bom trabalho.
- Fale com os seus funcionários. Tente fazer isso mais vezes face-to-face do que por email ou telefone.
Parece difícil de acreditar, mas a grande queixa dos funcionários é a de que seus líderes ficam distantes, mal sabem o que se passa durante a sua rotina e raramente não feedback. . Lembre-se que, como gestor, é sua responsabilidade garantir um bom ambiente de trabalho. E isso passa pelo seu papel de ouvinte, de encorajador e de direcionador.

Para finalizar, quero deixar algumas dicas para que você, como profissional,  possa se prevenir e evitar a Síndrome de Burnout, tendo uma vida mais saudável:

- Estabeleça metas realistas. Deixe o perfeccionismo de lado
- Delegue atividades sempre que possível e/ou peça ajuda. Não queira fazer tudo sozinho

- Faça listas com as tarefas diárias a realizar. Comece pelas mais importantes.

- Reduza as interrupções. Saiba falar “não” quando necessário.
- Procure sempre pelo seu gestor: se você está se sentindo sobrecarregado, negocie as prioridades. Se não está se sentindo motivado, peça por projetos/atividades mais desafiadoras.
- Reserve um tempo para praticar atividades físicas. Elas farão muita diferença!
- Reserve um tempo para o lazer, para as férias...
- Construa uma rede de relacionamentos e suporte. Assim como você pode ajudar a alguém, sempre tem alguém que pode ajudá-lo.
Cuide de você, da sua equipe e dos seus colegas de trabalho. A Síndrome de Burnout pode estar presente no nosso círculo de amizades e muitas vezes, as pessoas não têm todas as informações necessárias para detectá-las e tratá-las adequadamente.

Você pode fazer a diferença !

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Meritocracia X Feedback: As Empresas realmente sabem Praticá-los?


 Começo de ano... época das Avaliações de Desempenho para a maioria das empresas. Nesse momento, o RH convida cada gestor a parar e pensar um pouco sobre cada funcionário, sua performance, seus comportamentos, a forma como ele atingiu os objetivos de 2012... 


E depois desse processo (que deveria ser consequência de todo o processo de feedback ocorrido durante o ano) vem a famosa “Distribuição de Mérito”É chegada a hora de diferenciar os seus funcionários... ou seja, recompensar melhor para quem teve melhores avaliações. Mas será que isso realmente acontece dentro das empresas?


Essa é uma pergunta que ainda me faço, dada a minha experiência em lidar com o tema. Geralmente, quando explicamos aos gestores o quanto ele pode “aplicar” de mérito, a conta que ele faz é a seguinte: “pego o total e divido pelo número de funcionários”. Pronto! Está criado o maior problema de retenção nas organizações.

Ora!! Um gestor tem que saber que seu principal papel é fazer adequadamente a boa gestão dos seus funcionários. E isso inclui dar feedback positivo e negativo, reconhecer o bom desempenho e redirecionar o desempenho insatisfatório... Acontece que muitos fatores contribuem para que isso não ocorra... Não é difícil encontrar gestores que, ao longo do ano, sequer tiveram uma conversa de feedback com o funcionário, principalmente com aquele funcionário que não estava indo muito bem. E agora, como ele vai chegar e dar a notícia de que, devido à sua baixa performance, ele não terá um aumento salarial?

Para mim, meritocracia é mais fácil e mais simples do que parece... só que depende da atitude, da coragem e da franqueza dos líderes em fazer uma boa avaliação ao longo do ano (e não somente quando o RH pede para formalizar um documento) e darem um feedback assertivo e construtivo.


Imagine só... você fez um trabalho excepcional, contribuiu além das expectativas com as metas da empresa, teve excelente comportamento frente às competências determinadas pela empresa e vai receber o mesmo valor de mérito do que aquele profissional que sequer fez o seu papel... Sabe o que vai acontecer? Cada vez mais sua área/empresa terá funcionários com performance insatisfatória e menos potenciais e talentos. Claro, porque para o profissional que recebe um mérito sem merecê-lo, obviamente a situação fica mais cômoda do que para aquele profissional que fez mais do que o esperado e “levou” o mesmo percentual de toda a equipe.


É hora de começar a praticar aqueles conceitos que as escolas e os livros de liderança tanto ensinam: feedback, coaching, aconselhamento contínuo, acompanhamento do funcionário durante o ano. Assim, esse momento de distribuição de mérito será somente a consequência de uma boa gestão feita durante todo o período... Sua empresa terá sempre talentos e potenciais... e você contribuirá com o crescimento daqueles profissionais que saberão exatamente onde precisam melhorar, para que tenham melhores desempenhos no ano seguinte.

Quero então deixar aqui registrado, algumas dicas importantes para um bom momento de feedback:

1 – Seja Específico: descreva o comportamento sobre o qual está dando feedback da forma mais clara possível. Baseie-se em fatos e dados. Lembre-se: você não está falando DA pessoa e sim de alguma ação ou comportamento que ela teve em um momento específico. Não faça julgamentos.
2 – Seja o mais Neutro Possível: não “personalize” o feedback, levando em conta possíveis opiniões que você possa ter sobre a pessoa. Além disso não faça interpretações pessoais; registre apenas o evento.
3 – Comunique-se Diretamente: Quando o feedback é negativo, fale COM a pessoa e não DA pessoa. Ou seja, não “espalhe” o feedback aos quatro cantos, pois você pode dificultar a forma como o funcionário se apropria do que você disse. Também não delegue essa responsabilidade a terceiros. Lembre-se que o gestor é você e portanto, esse papel é seu.
4 – Seja Objetivo: para ser benéfico a quem recebe, o feeback precisa ser claro, com foco no fato/ação e sempre que possível, dado através de exemplos. Ou seja, vá direto ao ponto!
5 – Seja Oportuno: Não adianta esperar 1 ano para dar um feedback. Faça isso logo que o evento aconteceu, seja positivo ou negativo. Quanto mais tempo passar, mais difícil será lembrar sobre as circunstâncias e a chance de ser um momento ruim para ambos fica muito maior.
6 – Seja Construtivo: O feedback negativo é sempre mais difícil, pois a chance de a pessoa se sentir desmotivada e desorientada é muito grande. Por isso é muito importante que o gestor adote uma postura positiva e construtiva, oferecendo-se para encontrar soluções junto com o funcionário para que o desempenho/comportamento possa ser corrigido da maneira mais positiva possível.
7 – Dê Feedbacks Positivos: Conheço gestores que dizem o seguinte: “se não estou falando nada, é porque está tudo bem.” Errado!! Todo comportamento e desempenho positivo devem ser reconhecidos, de preferência em público quando isso for possível. Todo mundo gosta de ser elogiado e reconhecido pelo que faz. Isso gera o sentimento de satisfação e motiva a equipe a buscar sempre o melhor.
8 – Fale das coisas boas: Mesmo num momento de feedback negativo, a reunião pode ser conduzida reforçando pontos positivos que o funcionário apresenta. Lembre-se, todos nós temos pontos fortes e pontos a desenvolver. Fale de ambos!
9 – Cuidado com o Feedback em demasia: Aqui vale aquele velho ditado: “Tudo o que é demais, o santo desconfia.” Portanto, só dê feedback quando realmente fizer sentido para o funcionário, seja positivo ou negativo. Falar demais pode tirar a sua credibilidade enquanto gestor.
10 - Verifique o entendimento do colaborador: Ao fornecer feedback é muito importante que você se certifique que o funcionário entendeu o que você quis dizer. Para isso, não basta apenas perguntar se ele entendeu, porque na maioria das vezes, a resposta será sim. Peça a ele para lhe contar o que ele entendeu com as próprias palavras e por fim, peça a opinião dele sobre o assunto e como você poderá contribuir para ajudá-lo à implementar as mudanças necessárias.
Certamente, um processo de feedback bem conduzido ao longo do ano auxiliará os gestores na hora de recompensar os seus funcionários. Será mais fácil justificar as suas decisões quando não existirem surpresas.


Lembre-se que, como gestor, seu papel é de ajudar as pessoas a serem melhores, seja pessoal ou profissionalmente. E aí, disposto a colocar o seu papel de líder em prática?