terça-feira, 25 de setembro de 2012

Aquilo que Falta no seu Currículo...




Não é de hoje que venho pensando nesse tema, refletindo sobre como as empresas contratam, como iniciamos os nossos relacionamentos, como nos “vendemos” a nossa imagem e quem somos, seja em qualquer tipo de relação.

Mas esse tema ficou mais forte para mim nessas últimas semanas, quando comecei a fazer um curso de pós-graduação digamos, um pouco diferente do tradicional. No primeiro encontro, na rodada de apresentação dos participantes, ficou muito nítido para mim o quanto temos a necessidade de falar aquilo que somos e o que fazemos de melhor. E na maioria das vezes, ainda carregamos o nome da empresa como o nosso sobrenome... Afinal, precisamos passar a imagem de sucesso, mostrar onde chegamos...

Então, comecei a pensar: Por que não falamos das nossas fraquezas, dos nossos pontos de desenvolvimento, daqueles pontos fracos logo que conhecemos alguém? Afinal, com o passar do tempo, a convivência vai mostrar exatamente isso... aqueles nossos “defeitinhos” que tentamos esconder na entrevista, no primeiro encontro, etc.

Assim acontece numa organização. Você é contratado pelo que faz de melhor mas é demitido por aquilo que não conseguiu fazer bem. Será que se invertermos o nosso modo de pensar, não teríamos mais sucesso nas nossas contratações? Digo, será que no momento da entrevista, se você falar sobre aquilo que não é capaz de suportar, sobre os valores que você não vai abrir mão e sobre as competências que não estão tão apuradas, você não poderia ser mais autêntico na forma de exercer o seu trabalho? Penso que a partir do momento que soubermos aceitar e pudermos conviver com as limitações do outro, muito mais fácil ficará a relação.

Em razão disso, comecei a adotar uma nova pergunta no meu processo de entrevistas. Depois que o candidato contou toda a sua experiência, suas capacidades, habilidades e competências (o que não deixa de ser muito importante conhecer e checar), eu viro para ele e pergunto: “O que não está escrito no seu currículo e que você gostaria muito que tivesse?”

De cara, quase nenhum candidato entende a pergunta... então vou explicando, dando exemplos... quero saber o que a pessoa não realizou, o que ela não conseguiu, o que deu errado. Aquela experiência internacional que não “rolou” porque sua família não te apoiou... Aquele projeto que você não concluiu porque simplesmente não conseguiu lidar com as “diferenças” entre você e aquele membro da equipe... Aquela promoção que não saiu porque, na hora “H”, seu inglês não te ajudou e a entrevista com o diretor foi um fracasso...

É atrás dessas histórias que eu estou. E tenho que confessar... tem sido emocionante ouvi-las. E mais que isso, perceber o quanto as pessoas demoram para falar sobre aquilo que não deu certo. E sabe o que é mais interessante? Tenho observado quantas competências excelentes se escondem atrás dos nossos fracassos. Quantas lições as pessoas tiram desses episódios que antes, elas queriam esquecer...

Por isso, eu quero aqui convidar você a fazer um exercício: se você tivesse que começar um relacionamento hoje, qual seria o seu “fracasso” que a outra pessoa deveria saber logo no início e que ajudaria o relacionamento a ser mais verdadeiro? E na empresa, se você fosse entrevistado por mim, por exemplo, qual seria a sua resposta para essa pergunta?

O meu convite não é para que você “mexa” na ferida, volte a recordar momentos de vida e carreira que não foram legais. Quero convidá-lo sim a pensar nas lições que você aprendeu a partir dessa experiência, nas competências que você desenvolveu e que hoje lhe fazem ser o profissional que é.

O aprendizado pode vir de várias fontes... e aprender com o sucesso é sempre muito bom. Mas eu ainda acho que quando aprendemos com os nossos “fracassos”, a lição fica mais firme, pois não queremos errar novamente.

Por isso, reflita sobre quem você é, quais competências você tem e de onde elas vieram... foram dos seus maiores sucessos? Ou das suas piores derrotas?

Tenho certeza que você vai se surpreender com o resultado... e vai ficar mais feliz e aliviado em saber que até nos momentos mais difíceis, você teve um aprendizado!

Até a próxima!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Meu Primeiro Dia de Trabalho... E agora?

Vai começar num novo trabalho e não sabe exatamente como se comportar no primeiro, ou nos primeiros dias?

Vale a pena ler essa reportagem publicada no site da Revista Exame, sobre dicas para começar com o "pé direito" no novo trabalho! Boa sorte!!



Como impressionar o seu chefe no 1º dia de trabalho
Ambiente, chefe, colegas novos e a certeza de estar sendo observado de perto. Aterrizar em uma nova empresa é sempre um desafio para a carreira profissional. De acordo com Celia Spangher, diretora de gestão do talento da Maxim, aquela tradicional máxima de que a primeira impressão é a que fica continua valendo.
"As pessoas fazem 'leituras' nossas de forma bastante rápida e logo de cara. Por isso é tão importante cuidar da apresentação pessoal logo na primeira vez", diz ela. Confira 5 dicas de especialistas consultados por EXAME.com que ajudam a causar uma boa impressão já no primeiro dia de trabalho:

1. Chegue alguns minutos mais cedo
Madrugar no novo emprego não é uma boa ideia, mas estar no escritório em torno de dez minutos do horário de entrada ajuda a entrar com o pé direito. "A pontualidade é muito valorizada", dia Célia.
Em cidades onde somos reféns do trânsito e do clima, a atenção deve ser redobrada, segundo ela. "A regra dos 10 minutos coloca qualquer um em posição confortável", recomenda Célia.
O mesmo vale para o horário de saída. Ficar até mais tarde sem motivo não é recomendável. De acordo com a especialista, a hora extra não deve ser regra e, sim, exceção. "Colaboradores de alto desempenho têm vida pessoal, fazem atividade física, têm família e amigos e, principalmente, costumam ser eficazes o suficiente para terminar suas atividades dentro do horário normal de trabalho", diz.
Ao longo do tempo, vários fatores podem mudar esta realidade, na opinião da especialista, mas nesse primeiro momento não ultrapasse o horário do expediente sem que seja absolutamente necessário. "Futuramente isso vira um hábito e pode prejudicá-lo", diz.

2. Não queira agradar "a todo custo"
Sim, impressiona mais quem não fica querendo impressionar. "Querer agradar quem quer que seja é uma faca de dois gumes, uma situação perigosa", diz Célia.
De acordo com ela, essa ânsia de agradar o chefe pode colocar você em sérios apuros porque outros membros da equipe, que não conhece, você, podem interpretar mal suas atitudes. "O ideal é sentir o terreno onde está pisando primeiro antes de se aventurar a causar grandes impactos".
Demonstrar abertura, simpatia e interesse genuíno, além, é claro de ser autêntico surtem mais efeito do que tentar causar impacto a todo custo. "Você terá tempo suficiente para provar o seu valor, mais tarde", diz Célia.

3. Observe mais e fale menos
"A primeira coisa a se fazer é observar e observar", diz a diretora de negócios da consultoria LHH/DBM, Irene Azevedo.
Antes de agir, repare no estilo do chefe e em como tudo acontece naquele ambiente de trabalho. "Observe mais do que fale. Lembre-se que você também está sendo observado por todos", diz Célia.
Manter o "radar" aguçado vai certamente facilitar a compreensão da cultura da empresa e ajudá-lo a dar os próximos passos.

4. Faça perguntas na medida certa
Tudo é novo e você quer aprender rápido. Para isso, fazer perguntas é fundamental. "Perguntar é bom porque quem não pergunta não aprende", diz Irene.
Mas é necessário saber a medida. "A diferença entre remédio e veneno é a dose. Ficar atormentando os colegas que estão trabalhando e até mesmo seu chefe o tempo todo com 500 perguntas é muito desagradável", diz a diretora de gestão do talento da Maxim.

5. Anote
"Anotar é muito importante nesse primeiro momento", diz Irene. É essencial ter um bloco, caderno ou qualquer outra ferramenta para organizar a avalanche de novas informações que vai cair sobre você.
No entanto, Célia afirma que neste caso também é preciso ter bom senso. "Nem sempre cabe na cultura da empresa ou na posição que você vai ocupar", diz.
Se não for indicado carregar um caderno de anotações para onde for, a solução é mantê-lo na sua mesae ir anotando à medida em que informações importantes forem aparecendo.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Hanami - Cerejeiras em Flor

O filme é de 2008, mas só há algumas semanas tomei conhecimento dele, através da indicação de uma amiga (Luciana Leme, obrigada!). Encontrá-lo também não foi tarefa fácil... Depois de muita procura, recebi essa semana o pacote em casa, pelo qual tanto esperei...

Ontem, sozinha em casa, achei que era o momento... Pipoca para acompanhar e lá fui eu para a frente da TV assistir o filme "Hanami - Cerejeiras em Flor", de Doris Dorrie.

Poderia resumir o filme numa uma palavra: ESPETACULAR! Mas vou preferir escrever um pouco mais, porque realmente o filme é marcante e traz alguns pontos muito importantes para refletirmos....

Primeiramente, comecei a pensar nos meus sonhos, naquilo que eu queria ser quando era criança, naquilo que deixei de realizar por um ou outro motivo, nas vontades que "enterrei" dentro de mim e hoje, já nem sei mais onde estão... às vezes deixamos para amanhã nossas vontades, achamos que temos uma vida longa pela frente para realizar nossos sonhos e quando percebemos, o tempo já não existe mais... Realizar nossos sonhos, ir atrás das nossas metas depende em grande parte do nosso esforço e dedicação. Percebo que sempre haverá algo para dificultar, atrapalhar.. até parece que a vida, na ânsia de testar a nossa força, coloca em prova se realmente queremos aquilo ou se é só "fogo de palha", a ponto de nos fazer desistir em frente aos primeiros obstáculos...

A outra lição que ficou muito forte para mim é a relação que temos com os nossos pais. Já fiz um post aqui no blog falando sobre a importância de cultivar relacionamentos (http://migentil.blogspot.com/2011/11/importancia-de-cultivar-relacionamentos.html), mas assistindo ao filme, ficou ainda mais forte o que quero deixar de mim para os meus pais, como quero que eles me vejam e me sintam... às vezes trabalhamos tanto, colocamos outras coisas à frente de prioridades que nunca deveriam ser esquecidas ou subestimadas... não atendemos uma ligação porque estamos na frente do computador, não visitamos alguém querido porque lembramos do trânsito, do cansaço...

Crescemos e esquecemos que os nossos pais ainda precisam da gente... Eu moro longe dos meus pais, mas sempre que posso estou lá, presente... de corpo e alma! A relação familiar me faz bem, é a minha base. Foi lá que adquiri os valores que carrego comigo e é lá que busco energia e inspiração para tudo o que tenho que realizar. 

Não acho que precisa ser assim com todos afinal, cada um tem sua história e sua forma de encarar a família e suas relações.. mas o filme mostra que muitas vezes, temos um olhar tão limitado com relação aos nossos pais, que nem uma reviravolta inesperada é capaz de mudar o nosso modo de aceitá-los e entendê-los. Fiquei com vontade de perguntar aos meus pais se eu sou a filha que eles desejaram, se eu cumpro o meu papel de filha, no sentido literal da palavra... Mas é claro que a resposta sempre será "Sim", porque na verdade, não acho que os pais esperam muito dos filhos, além da capacidade de amar e "estar perto", seja o "perto" como for...

Enfim, o filme é inspirador, instigante... Nos faz pensar sobre quais são realmente as coisas mais importantes da nossa vida. E nos mostra que nem sempre teremos uma segunda chance... Me deu ainda mais vontade de viver os meus sonhos e realizar os meus planos... E levar comigo a mensagem da Flor de Cerejeira, que é tão linda e que permite-se mantê-la assim por um pequeno período de tempo... efêmera como a vida... 

Afinal, as coisas são assim... cada qual no seu momento, e nós temos que ter o cuidado de não perder nenhum momento, nenhum espetáculo da vida...

Aqui vou deixar alguns textos para reflexão...

"A flor de cerejeira - em inglês, 'cherry blossom' e em japonês, 'sakura", é a flor símbolo do Japão, sendo a sua simbologia forte e intensamente cultuada e respeitada pelo povo. A cerejeira era associada ao Samurai, cuja vida era considerada tão efêmera quanto à da flor que se desprendia da árvore. No período feudal, a vida desses guerreiros, sempre dispostos à darem suas vidas em nome dos mestres, era comparada à efemeridade da flor de cerejeira, que durava apenas três dias na primavera, sendo a duração de suas próprias vidas breves como a dessas flores." (extraído da internet)
"É preciso dar uma chance ao amor para ele se revelar em toda a sua dor e sua força. É por isso que os japoneses se sentam sob as cerejeiras em flor, porque elas ficam tremendamente lindas quando estão floridas. Ao mesmo tempo, a dor pelo fato de que este período de floração é curto, também é tremenda. É preciso pegar o momento certo da floração. Por isso há pessoas que monitoram as árvores. Porque, se você perder esse determinado momento, já era, talvez aconteça dentro de um ano ou talvez nunca mais. Por isso, em termos de amor, você tem de cuidá-lo, dar a ele a chance de florir. Cada pessoa, cada planta, cada animal recebe esse momento em que pode desabrochar e se revelar. Mas o que costuma acontecer conosco (...) é que vivemos passando por cima dessas coisas. Nunca deixamos nosso eu verdadeiro e nossa beleza se revelar, desabrochar como a cerejeira." (Doris Dorrie)

Desejo que você possa definir o que realmente é importante na sua vida. E que possa viver sem esquecer suas verdadeiras prioridades, lembrando que os melhores momentos da sua vida serão como a flor de cerejeira...

Abraços!