quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Evento "Talent Management Summit" - Participe!

Quero divulgar aqui o evento "Talent Management Summit", que acontecerá entre os dias 25 e 27 de Outubro, em São Paulo.

Farei uma palestra no dia 27, com o tema: "Desenvolvimento da liderança e retenção de talentos através de programas diferenciados para atender da melhor maneira a diversidade nas organizações."

Segue o link do evento, onde você pode encontrar mais detalhes!

Abraços e até lá!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Fofoca é o que mais irrita os brasileiros no trabalho


Apesar de recorrente em muitos ambientes de trabalho por aí, a fofoca é o, digamos, hábito profissional que mais incomoda os brasileiros. Segundo pesquisa divulgada nesta quarta, 83% dos usuários do LinkedIn no Brasil apontaram esse tipo de comportamento como o mais irritante no ambiente no ambiente de trabalho.
Ao redor do mundo, a fofoca profissional incomoda 62 % dos usuários do LinkedIn. Nos Estados Unidos, 65% dos profissionais detestam quando descobrem que a sua comida do refrigerador foi roubada.
Enquanto os alemães se irritam com a sujeira encontrada em eletrodomésticos de uso coletivo (microondas e refrigerador, por exemplo), os japoneses odeiam ser motivo de piadas na empresa.
Na Índia, 74% dos entrevistados não gostam de ouvir os constantes toques de celulares dos colegas de trabalho. A Índia é o país que mais registrou fatores que irritam no trabalho (19 de 38) e os italianos foram os que menos listaram reclamações (15 de 38). Dentre os 16 países pesquisados, o Brasil ficou em quarto lugar do ranking.
No Brasil, 76% das mulheres se irritam com o uso de roupas inadequadas no trabalho contra a opinião de 44% do público masculino. Nos Estados Unidos, a diferença entre sexos também foi constatada nesse mesmo quesito, 62% das mulheres contra 29% dos homens. Na Suécia a tolerância quanto ao vestuário no trabalho é maior: 35% das suecas se irritam com as roupas inadequadas enquanto apenas 12% dos suecos marcaram essa opção.
Confira quais são as cinco atitudes que mais irritam profissionais, independente de nacionalidade ou sexo:
1 pessoas que não se responsabilizam por suas atitudes e decisões
2 profissionais que reclamam constantemente
3 espaços coletivos sujos
4 reuniões que atrasam ou que demoram muito
5 pessoas que não respondem e-mails
Foram analisados mais de 17 mil usuários da base de dados do LinkedIn entre agosto e setembro, em 16 países – inclusive o Brasil. Atualmente, a rede tem mais de 120 milhões de membros no mundo e mais de 4 milhões no Brasil.

Fonte: Site Revista Exame

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Não tem Mágica...

"As palavras "aprender" e "fácil" não combinam. Tornar-se bom em qualquer coisa é duro. A recompensa está na evolução: sentir-se melhor, mais capaz e feliz...

Aos 10 anos, Milton Filho se apaixonou. Ela se chamava Zodie: uma bola de metal com a extraordinária capacidade de pairar no ar, como se voasse. Controlar esse poder não era moleza. Aprendiz de mágico, o garoto passava todas as tardes em frente ao espelho, tentando dominar a esfera. "Sentia vontade de desistir, porque não conseguia fazer a Zodie flutuar", conta. Um dia, finalmente ela cedeu. Foi uma explosão de alegria. Aos pulos, saiu correndo para mostrar o passe para a mãe. E, assim, Milton tornou-se mágico oficial das festas de família.

Os truques entraram em sua vida quando o pai, radialista em Belém do Pará, se encantou com a habilidade de um mágico e lhe pediu que ensinasse os segredos a dois de seus oito filhos. Seu irmão logo desistiu, mas Milton seguiu firme. E foi com a bola prateada que ele descobriu que aprender não se parece em nada com um passe de mágica. Pede dedicação, treino, repetição, cansaço. Até hoje, Milton, agora um médico de 61 anos, usa o tempo livre para praticar. "Gosto de fazer as pessoas sonharem a cada truque", explica. Recentemente, comprou cinco jogos de mágica. E continua treinando em frente ao espelho para encantar amigos e familiares,

É que aprender é um processo de esforço contínuo. Estudar algo novo é sempre um desafio. Desestabiliza o pensamento acomodado e força a buscar novas soluções. Por isso, é preciso persistência, paciência, tempo. Principalmente até chegar aos primeiros resultados, que nos enchem de força para prosseguir.

"Quem gosta, persiste", diz Marisa Elias, professora de pedagogia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. "Alguns processos exigem técnicas. E é preciso muito treino para, por exemplo, adquirir habilidade com as mãos."

Destrava-Língua
O prazer aliado ao trabalho duro é o que move o empresário paulistano José Peres a falar oito línguas. Filho de espanhóis, ele nasceu em meio ao dialeto catalão que os pais falavam entre si. Na escola, aprendeu francês e latim. Assim que se formou em engenharia química, notou que precisaria também do inglês. Estudou a língua por dois anos, e não demorou veio o convite para trabalhar nos Estados Unidos. Adquiriu fluência. De volta ao Brasil, a empresa onde trabalhava começou a negociar com alemães. Entendiam-se em inglês, mas José ficava intrigado ao ouvir os novos parceiros cochichar entre si. Curioso, aprendeu o suficiente para entender e responder em alemão.Alguns anos depois, começaram as negociações com o Japão. E lá goi José conhecer três alfabetos desses orientais.

Para ele, aprender línguas aumenta as chances nos negócios - e rejuvenesce. Hoje, com 72 anos, sentar-se na carteira para José é voltar a ser jovem. "Quando eu estou na sala de aula, viro um menino. Dá até vontade de jogar bolinha de papel na cabeça do professor", diz. Foi por causa desse prazer que, quando completou 60 anos, voltou a estudar o francês da infância e aprendeu italiano. Agora, dedica uma hora por dia - e duas aulas semanais - a descobrir o mandarim dos chineses. E que não se imagine nisso um talento para ser poliglota: para José, aprender novas línguas nunca foi tarefa fácil. "Não sou autodidata. Estudar, para mim, exige sacrifício. Detesto fazer lição de casa, mas faço. Não perco nenhuma aula porque sei que, se faltar, terei de estudar sozinho duas horas a mais".

José sabe que todo aprendizado exige disciplina. O hábito de estudar também precisa ser ensinado. "Ninguém nasce autodisciplinado", afirma Maria Silva Bacila, professora de pedagogia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. "Isso vem da família e da escola, que impõem hábitos de estudos". Por isso, apesar de cada um desenvolver seu jeito de aprender, a maior parte das pessoas precisa de um mestre. É ele que aponta os caminhos e convida a ir adiante. "Cada avanço traz motivação para um grau mais elevado", explica a professora. "E, quando chegamos lá, temos estímulo para aprender algo mais difícil".

Professor Tempo
É como se aprender fosse uma luta contínua que, quando menos se espera, traz a vitória. Tanto esforço, de repente, termina em amadurecimento e ganha novos significados. Quando a paulistana Susete Morimo começou a praticar caratê, só queria ser faixa preta. Aos 13 anos , treinava uma hora por dia. Quatro anos depois, começou a competir, e a prática se intensificou por seis horas. Nessa época, lutava para vencer - e acabou mesmo campeã paulista de caratê.

Mas o passar dos anos mostrou a Susete que o objetivo do caratê é ir além das vitórias. "O tempo me ensinou que meu grande rival sou eu mesma. "Preciso treinar para melhorar todos os dias", diz. Hoje, aos 49 anos, além de ser faixa preta, Susete acumulou graduações suficientes para virar mestre e passou a formar atletas. Mas ainda não chegou aonde deseja. Descobriu que há algo novo para aprender - até porque, quanto mais longe vai, mais capaz se sente para avançar. "Meu objetivo agora é me aprimorar na filosofia do caratê", conta. Sem pressa. É a luta de todo dia que lhe ensina. O aprendizado não tem fim!

Texto extraído da Revista Sorria (Rede Droga Raia) - edição Agosto/Setembro-2011
Autora: Karina Sérgio Gomes.