sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O que você não vai fazer em 2011?

2010 está acabando... E eu comecei a pensar o que queria deixar registrado nesse blog nesses últimos dias de um ano tão tumultuado, cheio de mudanças e desafios.


E então, sem querer, estava “passeando” pelas infinitas mídias sociais e encontrei um texto no facebook de uma amiga queria (Natália Lima) e o título me chamou a atenção. E ao ler, fiquei com muita vontade de compartilhar aqui. Confesso que na mesma hora, tomei a decisão de seguir a sugestão do autor... e tenho certeza que me fará muito bem, tanto pessoal quanto profissionalmente. Espero que gostem.


O que você não vai fazer em 2011? (por Carlos Augusto)

Em todo começo de ano, muitas pessoas fazem listas de coisas a fazer. Algumas são mais organizadas e separam as metas em áreas como dinheiro, família, trabalho saúde e por aí vão. Outras são mais focadas e escolhem apenas três grandes metas ou uma única meta enorme – no resultado, na sua carga emocional ou simplesmente na vontade alcançar aquilo.

Na minha lista particular, coloco sempre duas coisas que considero diferentes do restante das pessoas que conheço: fazer algo que nunca fiz na vida e escolher uma área do conhecimento para me aprofundar. Tenho certeza de que estas duas coisas têm sido fundamentais para o sucesso do meu dia a dia, para tornar a vida mais interessante e talvez mais importante, para moldar e aprimorar de maneira contínua o meu caráter, personalidade e relacionamentos. Afinal de contas, já faço isso há 22 anos – comecei aos 18 – e nesses anos, fiz 22 coisas diferentes. Coisas que nunca tinha feito e também estudei 22 assuntos que nunca tinha estudado.

Este ano vou implementar uma novidade na minha lista, por influência de Jim Collins*: vou acrescentar uma ou duas coisas que preciso parar de fazer. Isso mesmo, invés de colocar mais coisas para fazer, vou é parar de fazer coisas.

A verdade é que acumulamos coisas sem valor, tarefas desnecessárias, atividades ultrapassadas, relacionamentos improdutivos. Enfim, uma série de correntes que arrastamos pela vida mais por força do hábito que por outro motivo. São todas aquelas coisas que, se você pudesse escolher, provavelmente tiraria da sua vida, mas que por uma razão ou outra elas estão lá.

Jim Collins se viu defrontado com isso quando uma professora lhe desafio 20/10. Funciona assim: num certo dia pela manhã você recebe dois telefonemas. No primeiro avisam que ganhou 20 milhões de reais. No segundo que você tem 10 anos de vida. O que você faria de diferente? Pouca gente pensa profundamente sobre isso e vai deixando a vida passar. As correntes vão se acumulando e um dia a pessoa acorda e se descobre sufocada, vivendo uma vida que não queria. Aliás, existe gente que acorda e descobre que não é mais ela mesma e está vivendo uma vida falsa, vazia, vivida pelos outros e para os outros.

Uma forma simples de resolver isso é parando de fazer coisas. Simplesmente aprenda a dizer “não”. As próprias empresas precisam aprender a fazer isso – dizer “não” a alguns produtos u serviços, a alguns clientes, fornecedores, parceiras e a alguns funcionários.

Dizer “NÃO” pode ser altamente libertador. Muitas vezes parar de fazer algo errado é a única forma de começar a fazer o certo. Então diga: “Basta! Chega!”. E corte assim algo negativo e improdutivo da sua vida. Coloque “o que não fazer” em sua lista de começo de ano e tenha um excelente 2011.

*Jim Collins é um estudioso do comportamento de grandes empresas, formador de líderes empresariais, orador e autor de vários artigos e livros sobre gestão.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

As Armadilhas da Pesquisa de Clima


É geralmente é nessa época do ano que as empresas aplicam as Pesquisas de Clima Organizacional. Ou seja, elas sentem-se na obrigação de convidar seus funcionários a pararem e refletirem um pouco sobre como foi o ano que se passou, quais foram os pontos positivos, o que ainda precisa ser mudado, enfim, querem ouvir dos funcionários aquilo que pode contribuir para tornar a empresa cada vez melhor.


Acho ótimo esse tipo de pesquisa e posso relatar várias experiências bem sucedidadas, quando ela é conduzida de forma transparente e honesta e principalmente, quando os seus resultados são utilizados de forma a realmente melhorar o ambiente organizacional e outras questões como liderança, negócios, feedback, ambiente físico, etc.

Entretanto, tenho ouvido muitos funcionários reclamarem da forma como os resultados da pesqiusa de clima são tratados dentro das suas organizações.

Existe um velho ditado que diz mais ou menos assim: “Se não está preparado para ouvir a resposta, é melhor nem perguntar”.

E na minha opinião, esse ditado se aplica perfeitamente a esse tema. Oras, se a empresa não está preparada para trabalhar com os resultados, se não tem intenção de mudar, corrigir sua rota e ajudar os funcionários a melhorar o ambiente de trabalho, em todos os seus aspectos, para que aplicar uma pesquisa? Para que criar a expectativa nas pessoas de que as coisas podem se diferentes? Por que perguntar algo onde a resposta não será utilizada para nada?

Isso frustra, gera desmotivação, desconforto... É como você perguntar a uma criança se ela quer um doce, mostrar a ela e dizer, OK... no próximo ano quem sabe você ganha...

Fazer pesquisa de clima é excelente, é uma ferramenta poderosíssima e que pode trazer ganhos incalculáveis aos negócios da organização. Mas se a sua empresa está pensando em aplicar uma pesquisa, se você enquanto gestor irá receber os resultados da pesquisa respondida por seus funcionários, faça algo de bom com isso! Coloque planos de ação em prática, reúna sua equipe, entenda o que esses resultados querem dizer, o que está nas entrelinhas. Você pode usar qualquer técnica, mas precisa fazer algo com isso e principalmente, precisa mostrar para seus funcionários que a voz deles foi ouvida.

Que tal fazer um exercício ao receber esses resultados? Tente responder:

1 – O que eu (ou essa organização) precisa começar a fazer?

2 – O que eu (ou essa organização) precisa parar de fazer?

3 – O que eu (ou essa organização) precisa continuar fazendo?

A partir daí, faça plano de ação efetivos, simples e que realmente possam gerar percepção de que a voz de todos foi ouvida.

E assim, a empresa pode continuar contando com a opinião dos funcionários, para que a empresa realmente possa ter um excelente clima organizacional...