segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Executivas Precisam Valorizar suas Características Femininas

Achei muito interessante essa reportagem publicada no site Valor.com, sobre a necessidade das mulheres resgatarem e trazerem para o mercado de trabalho suas características femininas. Acredito muito nisso e a experiência no dia-a-dia corporativo tem trazido provas de que essa é uma necessidade latente. 

Vale a pena a leitura...


Escrita por Vicky Bloch*


Empresas são, em sua grande maioria, entidades masculinas. Afinal, foram historicamente comandadas por homens e os valores e comportamentos desejados para suas lideranças foram construídos com base nas suas características. As mulheres, que somente nas últimas décadas passaram a se destacar nas organizações, tiveram como herança e referência, obviamente, tais lideranças.

O problema é que, ao adaptar seus comportamentos aos modelos existentes para se estabelecerem no meio, as mulheres abriram mão de características importantes da sua natureza. A intuição e a sensibilidade foram substituídas por posturas mais duras e pragmáticas. Tiveram de escolher entre mostrar competência ou carisma, e foram orientadas a ser "menos femininas" no ambiente de trabalho.

Um artigo publicado no ano passado pela revista Harvard Business Review, escrito pelos professores de liderança Herminia Ibarra, Robin Ely e Deborah Kolb, traz essa referência de maneira muito consistente. Replico aqui um trecho desse artigo ("Mulheres em ascensão: barreiras invisíveis") que me chamou a atenção: "A maneira como as mulheres são percebidas - como se vestem, como falam, sua presença de executiva e seu estilo de liderança - tem sido o foco de muitos esforços para alçá-las aos altos cargos. Fonoaudiólogos, consultores de imagem e especialistas em 'branding' veem crescer a demanda por seus serviços.

A premissa é que as mulheres não foram socializadas para competir com sucesso no mundo dos homens. Então, devem aprender as habilidades e estilos que suas contrapartes masculinas adquirem naturalmente".

Acontece, porém, que o cenário para as empresas está se transformando e tais características femininas, antes pouco valorizadas, começam a se fazer fundamentais. Ser intuitivo já foi definido por especialistas como um dos principais eixos de comportamento e atitude do futuro. A visão periférica, tão presente nas mulheres, torna-se essencial para assimilar as tantas referências globais que hoje influenciam os negócios.

Ou seja, a nova sociedade clama para que as pessoas, em especial as mulheres, sigam sua natureza e desenvolvam seus próprios padrões de comportamento e de liderança, sem se preocupar em responder aos modelos arcaicos existentes.

Estamos diante de uma nova "sociedade da transparência", regada pela comunicação aberta, dominada pela internet e reinventada pelos smartphones. Quanto mais verdadeiro o indivíduo for consigo mesmo, maior a possibilidade de ser bem-sucedido. Vale lembrar que nossos interlocutores estão cada vez mais preparados para encontrar erros e inconsistências. Por isso, ser você mesmo é fundamental para quem está na vitrine 24 horas por dia, sete dias por semana.

Mas, como voltar a essa natureza depois de décadas de um comportamento que a escondia? Não é uma tarefa fácil, em especial porque é preciso que os outros reconheçam e incentivem os esforços femininos. Como definiram os professores Ibarra, Ely e Kolb, "integrar a liderança à identidade é particularmente difícil para as mulheres, que devem estabelecer a credibilidade em uma cultura profundamente conflitante sobre se, quando e como devem exercer a autoridade."

Acredito que um bom começo é o olhar para dentro, a interiorização e o autoconhecimento. Fazer coisas que te tragam novamente para o mundo da intuição. Olhar nos olhos dos outros, exercer atividades criativas e meditar. Vale também observar se as suas características relacionais, competências essas tão demandadas na atualidade, permanecem fortes nas suas atitudes.

Se você percebe um interesse genuíno pelo outro, mas sente que poderia estar se relacionando melhor com ele, pode ter encontrado um bom ponto de partida para buscar suas origens. Que tal perguntar à sua mãe ou à sua avó como você era lá atrás?

Elas podem ajudá-la a perceber se você está atuando em um papel que não é o seu.

Acredito que, se conseguirem resgatar suas características femininas no ambiente de trabalho, muito em breve as mulheres em posições de liderança não precisarão mais optar entre serem respeitadas ou serem queridas.

* Vicky Bloch é professora da FGV, do MBA de recursos humanos da FIA e fundadora da Vicky Bloch Associados

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

7 coisas para Pesquisar antes da Entrevista de Emprego

Compartilhando aqui uma reportagem bem interessante publicada no site da Revista Exame na última semana. 

Se você está prestes a participar de algum processo seletivo e quer se preparar melhor, vale a pena a leitura...

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Por Adeline Daniele

Antes de ir para uma entrevista de emprego, é preciso saber o mínimo sobre a empresa que está recrutando.

Além de te colocar um passo a frente de outros candidatos que não pesquisaram sobre o assunto, você pode usar estas informações para se identificar com os valores e a missão da companhia. E esses detalhes não passam despercebidos pelos recrutadores.

Então, se você tem uma entrevista de emprego marcada para os próximos dias, dê uma olhada nestas dicas que a especialista em carreira e ambiente de trabalho do portal de empregos Glassdoor, Heather Huhman, listou com as sete coisas que você precisa pesquisar sobre um empregador.

1. As qualificações e experiências que a companhia valoriza

Saber o que uma empresa procura em um candidato é imprescindível para se dar bem em uma entrevista de emprego.

E é dessa forma que você poderá se destacar no processo seletivo e se encaixar nos requisitos da vaga.

Pesquise nas páginas de carreira da empresa – se ela tiver – e leia os detalhes da oportunidade publicada.

Se puder, fale com alguns funcionários que já trabalham na companhia para saber o que ela valoriza em um profissional.


2. As "peças-chave" da organização

Pesquise sobre os funcionários que ocupam cargos importantes na companhia, como gerentes, diretores, CEO, etc. Você tentar encontrar informações sobre eles na página da empresa.

Também dê uma olhada no que esses profissionais falam sobre a companhia pelo LinkedIn ou em outras redes sociais.


3. Notícias e eventos recentes sobre a empresa

Procure saber quais foram as últimas notícias que saíram na mídia sobre a companhia, bem como os eventos que ela promoveu.

Muitas empresas colocam estas informações em páginas dedicadas a releases de imprensa ou até mesmo criam sites para divulgar suas ações.


4. Visão, missão e valores

Um dos aspectos mais importantes analisados pelos especialistas em Recursos Humanos nos candidatos é o quanto eles se identificam com a visão, missão e valores da companhia.

Quanto mais alinhado aos valores da empresa, mais perfil um profissional tem para trabalhar nela.

Essas informações podem ser facilmente encontradas no site da companhia, na seção “Sobre”. Você também pode aprender sobre a cultura da companhia pelas redes sociais onde ela tem perfil.


5. Clientes, produtos e serviços

Não dá para tentar trabalhar em um lugar se você não tiver uma ideia dos produtos, serviços e clientes da empresa. Encontre essas informações no site ou no blog da companhia.


6. Informações "‘privilegiadas"

Heather Huhman também aconselha o profissional a buscar informações sobre a companhia em que está disputando uma vaga.

No portal Glassdoor, por exemplo, funcionários podem avaliar anonimamente suas empresas e falar sobre as vantagens que têm em trabalhar ali.

Como no Brasil ainda não existe um portal com tantas informações como o site norte-americano, os profissionais daqui podem dar uma olhada no que os atuais funcionários da companhia falam sobre ela nas redes sociais.

Quem conhece uma pessoa que já trabalhou no local também pode pedir referências sobre o ambiente de trabalho da empresa.


7. A pessoa que irá te entrevistar

Saber quem será seu entrevistador pode te dar uma vantagem na competição pela vaga.

Ter essa informação pode ajudar o candidato a se identificar mais com o recrutador, fazendo com que a conversa flua com mais facilidade.

Essa técnica também pode ajudar aqueles que ficam muito nervosos durante uma entrevista.

Muitas vezes, algumas pessoas podem ficar ansiosas e ter o desempenho prejudicado por saberem que serão entrevistadas por uma mulher ou homem, ou por alguém em um cargo alto na companhia.

Uma forma de procurar informações sobre o recrutador é pesquisando pelo nome informado no e-mail que ele enviou para marcar a entrevista.

Caso você não consiga encontrar o nome, entre em contato com a companhia e pergunte quem será o seu entrevistador.