Pressão
exagerada em busca de resultados, altas exigências com a qualificação
profissional, produzir cada vez mais com cada vez menos... Esses e outros
cenários são cada vez mais constantes na vida dos profissionais. Aqueles que
vivem nas grandes cidades ainda carregam consigo o trânsito caótico, o medo constante
da violência, a pressão do tempo...
Essa realidade está cada vez mais presente nas organizações:
funcionários desmotivados, estressados e em alguns casos, até depressivos. É cada vez mais comum ouvir frases do tipo: "As organizações estão doentes!" "Não aguento mais essa pressão!" "Vou pedir demissão hoje!"
E então, fica a pergunta: Que mundo é
esse que estamos vivendo?
Você já
deve ter ouvido falar da Síndrome de Burnout. Também conhecida como Síndrome do
Esgotamento Profissional, pode ser traduzida como uma exaustão física, emocional
e mental, causada por condições e demandas de trabalho desgastantes. Profissionais
cuja atividade requer envolvimento interpessoal direto e intenso, são mais propensos
a apresentar esse transtorno, dentre eles profissionais da área da saúde,
educação, recursos humanos, policiais, assistentes sociais e mulheres que
enfrentam dupla ou tripla jornada de trabalho.
Dentre os sintomas
mais comuns estão:
* Sintomas
Físicos:
- Baixa
energia
- Problemas
relacionados ao sono
- Imunidade
baixa
- Doenças
frequentes
- Dores de
cabeça, de estômago, etc
* Sintomas
Emocionais:
- Falta de
motivação
-
Irritabilidade e nervosismo constantes
-
Dimimuição da satisfação no trabalho
- Desilução
com o emprego
- Depressão
- Mudanças
bruscas de humor
*Sintomas
Comportamentais:
- Busca
pelo isolamento
- Redução
do comprometimento
-
Procrastinação
- Aumento
do absenteísmo
-
Dificuldades de concentração
- Problemas
alimentares
- Uso de
álcool, drogas, etc.
Mas, o que
fazer quando você identificar alguém na sua equipe com esses sintomas? Como
saber se é realmente a Síndrome de Burnout? Claro que é necessário a opinião de
um especialista para a realização de um diagnóstico preciso. Entretanto, como
gestor (ou colega de trabalho), você pode tomar algumas atitudes que podem
ajudar:
- Fale das
suas observações com o profissional. Diga a ele que vem observando o seu
comportamento e que está disposto a ouvi-lo e ajudá-lo.
- Encoraje
o profissional e falar dos seus sentimentos e percepções. Ouça com empatia.
- Ajude-o a
solucionar os problemas que estão ao seu alcance.
- Procure
ajuda especializada se for o caso: médico do trabalho, assistência social,
psicólogo, etc.
Se você é
gestor desse profissional, algumas ações adicionais devem fazer parte do seu escopo de trabalho:
- Estabeleça
metas claras e realistas.
- Dê ao
profissional a autonomia necessária para controlear os elementos do seu trabalho:
agenda, maneira de trabalho, etc.
- Facilite
a gestão da vida profissional x pessoal do profissional. Menos controle e mais
compromisso funcionam bem.
- Encoraje
sua equipe a ter pequenas “paradas” no trabalho: um café, um bate-papo...
- Remova
aqueles obstáculos que estão ao seu alcance.
- Discuta
os prazos antes de simplesmente estabecê-los.
- Dê os
recursos necessários para a realização do trabalho: ferramentas, conhecimento,
informação, tecnologia, etc.
- Seja
aberto, presente e conectado os seus funcionários.
- Dê
feedback, fale a verdade, use os erros como oportunidade de crescimento
- Reconheça
e recompense sempre que possível, o bom trabalho.
- Fale com
os seus funcionários. Tente fazer isso mais vezes face-to-face do que por email
ou telefone.
Parece
difícil de acreditar, mas a grande queixa dos funcionários é a de que seus
líderes ficam distantes, mal sabem o que se passa durante a sua rotina e
raramente não feedback. . Lembre-se que, como gestor, é sua responsabilidade
garantir um bom ambiente de trabalho. E isso passa pelo seu papel de ouvinte,
de encorajador e de direcionador.
Para
finalizar, quero deixar algumas dicas para que você, como profissional, possa se prevenir e evitar a
Síndrome de Burnout, tendo uma vida mais saudável:
-
Estabeleça metas realistas. Deixe o perfeccionismo de lado
- Delegue
atividades sempre que possível e/ou peça ajuda. Não queira fazer tudo sozinho
- Faça
listas com as tarefas diárias a realizar. Comece pelas mais importantes.
- Reduza as
interrupções. Saiba falar “não” quando necessário.
- Procure
sempre pelo seu gestor: se você está se sentindo sobrecarregado, negocie as
prioridades. Se não está se sentindo motivado, peça por projetos/atividades
mais desafiadoras.
- Reserve
um tempo para praticar atividades físicas. Elas farão muita diferença!
- Reserve
um tempo para o lazer, para as férias...
- Construa
uma rede de relacionamentos e suporte. Assim como você pode ajudar a alguém,
sempre tem alguém que pode ajudá-lo.
Cuide de
você, da sua equipe e dos seus colegas de trabalho. A Síndrome de Burnout pode
estar presente no nosso círculo de amizades e muitas vezes, as pessoas não têm
todas as informações necessárias para detectá-las e tratá-las adequadamente.
Você pode
fazer a diferença !